Política
Publicado em 20/01/2020, às 16h05 Vagner Souza/ BNews Luiz Felipe Fernandez
Presidente da Fundação Gregório de Mattos, o diretor teatral Fernando Guerreiro evita antecipar um julgamento sobre a escolha de Regina Duarte para a Secretaria da Cultura do Governo Federal. O produtor confessa que não seria a sua primeira escolha, mas reconhece que o nome representa um "avanço considerável" em comparação ao antecessor, o exonerado Roberto Alvim.
Roberto Alvim foi exonerado do cargo após surgir em um vídeo, em que o discurso e a estética traziam grandes semelhanças com uma fala de Joseph Goebbels, propagandista nazista e braço-direito de Adolf Hitler. Em conversa com o BNews, Fernando se referiu a Alvim como um "louco" e confessou que "é um alívio" que o ex-secretário tenha deixado o cargo.
"Nesse momento, acho que é um nome que pode agregar. Se comparada com o que estava, é um avanço considerável. Longe de ser um nome que gostaria que estivesse lá, mas diante do que está posto, é um nome positivo. Temos que aguardar o que vem por aí, como ela vai se posicionar", opina.
Para Guerreiro, o mais importante é que seja estebelecido um espaço onde prevaleça o "diálogo", segundo ele, elemento em escassez no governo Bolsonaro. A sua esperança é de que a atriz, que interpretou personagens clássicos da televisão brasileira em Roque Santeiro (1985), Malu Mulher (1979), Irmãos Coragem (1995) e Chiquinha Gonzaga (1999), consiga "driblar" as questões "ideológicas".
"Eu espero que Regina consiga driblar isso [ideologia]. É uma possibilidade de, pelo menos, se abrir o diálogo. Não posso fazer nenhuma afirmação, nunca a vi como gestora pública, não tenho intimidade. É a gente aguardar", pondera.
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