Política

Câmara de Feira aprova projeto que permite prefeito viajar para exterior por mais de 15 dias sem autorização dos vereadores

Edis ignoram crise do novo coronavírus no 1º dia de retorno das atividades na Casa  |  Reprodução/Google Maps

Publicado em 14/04/2020, às 12h08   Reprodução/Google Maps   Redação News

No primeiro dia de retomada das atividades da Câmara Municipal de Feira de Santana nesta segunda-feira (12), os vereadores ignoraram a crise causada pelo novo coronavírus e priorizaram outros assuntos.

Um projeto que permite que o prefeito da cidade viaje para o exterior por mais de 15 dias sem precisar da autorização da Casa foi votado e aprovado pela maioria.  De acordo com informações do Blog do Velame, o único vereador da base que não votou a favor do projeto foi Lulinha (DEM).

Os vereadores de oposição, Roberto Tourinho (PSB) e Alberto Nery (PT), votaram contra a proposta e questionaram se o prefeito Colbert Martins (MDB) tinha interesse em viajar em meio à pandemia.

Em programa da Rádio Globo de Feira de Santana, Velame apontou as várias despesas que poderiam ser cortadas da Câmara para serem revertidas em ajuda à população da cidade e amenizar as consequências do surto da doença. 

Segundo Velame, o legislativo da cidade desembolsa mais de R$ 30 milhões por ano com “gastos desnecessários”, incluindo R$ 79 mil com estacionamento particulares para os vereadores e R$ 2 milhões com a limpeza da Câmara Municipal, valor que já foi questionado pelo Tribunal de Contas.

Somente nos meses de fevereiro e março, a Câmara teve um custo de 16 mil com contas de celulares dos edis. No mesmo período, foi pago R$ 425 mil a uma empresa chamada Esfera Produção e Eventos, que de acordo com descrição na nota fiscal, seria referente a um serviço terceirizado de apoio aos serviços gerais de “manutenção conservação e limpeza” da Casa, somente por estes dois meses.

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