Weitraub diz que Zambelli tentava “ajudar” Moro e que ex-ministro “errou na essência e na forma”

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, não é só um dos membros do governo bolsonarista mais alinhado ideologicamente aos filhos e ao próprio presidente da República, como também um dos seus maiores defensores. 

Após o ex-ministro Sergio Moro vazar trechos de conversas com o presidente Jair Bolsonaro e com a deputada federal Carla Zambelli, de quem foi padrinho de casamento, ao Jornal Nacional, da Rede Globo, o chefe do MEC prestou “solidariedade” à parlamentar. 

Na noite desta sexta-feira (24), Weintraub escreveu no Twitter que Zambelli tentava ser apenas uma interlocutora e “acalmar os ânimos”, mas que não tem poder para influenciar na decisão de Bolsonaro pela indicação do nome de Moro ao Supremo Tribunal Federal (STF).  Para o ministro, o ex-juiz federal “distorceu uma conversa particular” e admitiu ter ficado decepcionado com a sua postura. 

Durante o seu pronunciamento, Bolsonaro acusou Sérgio Moro de condicionar a troca de Maurício Valeixo da diretoria-geral da Polícia Federal por uma indicação ao STF no fim do ano. Horas mais tarde, o ex-ministro da Justiça enviou ao Jornal Nacional um trecho de uma breve conversa com Carla Zambelli, em que a deputada pede para que Moro não deixe a pasta e promete atuar pela sua nomeação ao Supremo. No print, Moro responde que não está à venda.

Neste sábado, o ministro da Educação repetiu que segue “#FechadocomBolsonaro” e que não precisa escolher lutar contra a corrupção e “luta contra o socialismo“, que ninguém detém qualquer bandeira e todos podem errar, inclusive o ex-juiz federal..“Sérgio Moro errou na essência e na forma”, disse Weintraub.

Para Weintraub, que compartilhou um tuíte de Diego Garcia, a deputada bolsonarista Carla Zambelli queria ajudar o “padrinho” na comunicação com o presidente, e fez questão de ressaltar que fez “ingenuamente e sem autorização”, simplesmente pela confiança no ex-ministro.

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