Política

No Dia da Consciência Negra, líder do PT na CMS cobra punição sobre morte de homem negro em Supermercado

Marta avalia que as eleições municipais mostraram que a luta antirracista chegou na centralidade do debate, mas segue sub-representado  |  Divulgação Ascom Marta Rodrigues

Publicado em 20/11/2020, às 12h12   Divulgação Ascom Marta Rodrigues   Redação BNews

A líder do Partido dos Trabalhadores (PT) e Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Democracia da Câmara Municipal de Salvador (CMS), a vereadora Marta Rodrigues afirmou, nesta sexta-feira (20), Dia da Consciência Negra, que a luta contra o racismo precisa de medidas efetivas e urgentes.

Rodrigues citou o caso ocorrido na última quinta (19), em Porto Alegre, onde um homem negro foi espancado até a morte por seguranças de um supermercado, e cobrou punição. 

“Um dia antes do Dia da Consciência Negra, João Alberto, homem negro, foi espancado e morto, numa rede de supermercados, uma coisa brutal, desumana, que mostra nosso  sistema e  estado opressor e racista que mata todo dia. João é como George Floyd, como Pedro morto no supermercado do Rio, como diversos nomes de crianças, jovens e adultos que morrem, são agredidos, violentados, vítimas do racismo estrutural. Algo escancarado diante de nossos olhos em nosso país”, lamentou a líder do PT. 

No âmbito político, a Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Democracia da CMS acredita que as eleições municipais mostraram que a luta antirracista chegou na centralidade do debate, no entanto, a sub-representação ainda permanece.

“Tivemos um pequeno aumento de representatividade negra, e de mulheres passou de 13,5% para 16% no país. 
O TSE apontou que no primeiro turno, os legislativos municipais de 25 capitais somam 44% de eleitos autodeclarados negros. No entanto, este número, além de não representar a totalidade da população, que é de maioria negra, não engloba mulheres negras nem, necessariamente, projetos de inclusão social e de combate ao racismo estrutural”, disse. 

Para Marta, Salvador reflete um pouco dessa realidade desigual. Apesar de formada por maioria negra, maior parte de mulheres, a capital não está representada em diversos espaços de decisão e de poder: “A maioria das mulheres de Salvador é negra, e na Câmara só temos eu, Laina e Ireuda”, lembrou. 

“Que neste 20 de novembro, continuemos levando à frente, com mais força e garra,  a nossa luta diária contra o racismo, a intolerância religiosa e as desigualdades sociais, consequências de uma sociedade patriarcal, colonizadora que durante séculos escravizou o povo negro e, até hoje, tenta manter este sistema de opressão através de retiradas de políticas públicas e do discurso elitista”, destacou. 

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