Política

Bruno Reis não descarta aumento de tarifa, mas diz que debate só ocorrerá após resolver problema com concessionária

 "O usuário paga um valor alto para um transporte precário, que é também a realidade em todo Brasil", afirma o prefeito de Salvador  |  Dinaldo Silva BNews

Publicado em 29/01/2021, às 10h37   Dinaldo Silva BNews   Diego Vieira e Raul Aguilar

A intervenção em uma das concessionárias do serviço de transporte público de Salvador terá um desfecho final em fevereiro. O prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), afirmou que após decidir o que será feito com a empresa em crise é que irá debater se haverá aumento de tarifa. 

"O transporte público está em crise no Brasil e aqui na Bahia. Em salvador temos que tomar uma decisão quanto à intervenção em curso, uma decisão final que deve ocorrer em fevereiro. Vamos decidir se vamos renovar , contratar emergencialmente outra empresa ou decretar caducidade. Vencida essa etapa é que vamos iniciar processo de discussão da tarifa", sinalizou Bruno.

O gestor indicou que se a empresa de ônibus "fizer jus ao aumento e tiver cumpridas obrigações" poderá ter o reajuste, que  é "contratual", que será feito em diálogos acompanhado pelo Ministério Público da Bahia. Porém, Bruno avalia o serviço de transporte público em Salvador como "precário":  "O usuário paga um valor alto para um transporte precário, que é também a realidade em todo Brasil". Ele revela que, ainda em Fevereiro, irá a Brasília junto com os prefeitos das capitais para cobrar a derrubada do veto presidencial ao socorro ao transporte público no país.

"Conversei com os senadores Rodrigo Pacheco e Davi Alcolumbre, e com o prefeito Sartro (Fortaleza); vamos começar um movimento. Vamos a Brasília no início de fevereiro, fazer um apelo para que possamos vencer a questão do transporte público. O Município não tem condição de subsidiar; aí vem retomada das aulas, que aumenta o problema. Temos sempre que manter [o transporte] acima dos passageiros transportado para diminuir as aglomerações, e isso tem uma conta. Ano passado foi de R$ 100 milhões. Este mês pagamos R$ 11 milhões e em fevereiro será R$ 14 milhões. Temos R$ 40 milhões comprometidos e a prefeitura não suporta, não temos condições de subsidiar o transporte público", desabafou Bruno Reis.  

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