Política
Publicado em 27/05/2021, às 08h48 Reprodução/YouTube Redação BNews
O YouTube promoveu nesta quarta-feira (26) uma varredura em canais da extrema-direita que espalhavam informações falsas sobre tratamentos com cloroquina e outros medicamentos ineficazes para combater a Covid-19, incluindo a página do presidente Jair Bolsonaro, do seu filho Eduardo Bolsonaro, e até da CNN Brasil.
No caso do canal de Jair Bolsonaro, 11 vídeos foram deletados, sendo quase todos com citação direta no título á cloroquina. Um deles divulgava ainda a campanha "O Brasil Não pode Parar". Os dados foram levantados pelo Novelo Data e divulgados nas redes sociais pelo fundador Guilherme Felitti.
Segundo o levantamento, esta é a maior "limpa" realizada pelo YouTube desde que a Novelo Data passou a monitorar a plataforma de vídeos.
A CNN Brasil teve três vídeos apagados do seu canal, todos eles com entrevistas da médica pró-cloroquina e apoiadora bolsonarista, dra. Nise Yamaguchi.
Ligado à Jovem Pan e um dos canais de extrema-direita que mais cresce atualmente, "Os Pingos nos Is" teve três vídeos excluídos, todos sobre "tratamento precoce" e que tinham também a presença da médica e da deputada Bia Kicis (PSL-SP).
Outro canal de extrema-direita, Folha Política teve um vídeo da dra. Raíssa Soares, atual secretária de Saúde de Porto Seguro e famosa por pedir a Bolsonaro o envio de cloroquina à cidade.
Em menos de dois meses, Bolsonaro já teve 16 vídeos apagados da sua conta.
Ontem (26), o YouTube tirou do ar, pelo menos, 22 vídeos de alguns dos maiores canais de extrema-direita do BR, como Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, Os Pingos nos Is e Folha Política.
— Guilherme Felitti (@gfelitti) May 27, 2021
Todos os vídeos espalhavam mentiras sobre a efetividade de tratamentos contra a pandemia.