Política

Trindade acusa líder do governo de favorecer amigos na formação das comissões

Joceval Rodrigues negou qualquer tipo de preferência pessoal na composição  |  

Publicado em 20/02/2013, às 09h04      Marivaldo Filho (Twitter: @marivaldofilho)

Uma marca da composição das comissões permanentes da Câmara Municipal de Salvador para o biênio 2013-2014 é o número de vereadores insatisfeitos por não se sentirem devidamente contemplados. Durante a instalação do colegiado permanente, na manhã desta terça-feira (19), o vereador José Trindade (PSL), em entrevista ao Bocão News, acusou o líder da bancada do governo, o vereador Joceval Rodrigues (PPS), de “favorecer amigos” na formação dos colegiados.

“Entendo que não foi feita de forma democrática. O líder do governo privilegiou os amigos dele na formação das comissões. Todo o processo foi feito através do gosto pessoal de Joceval Rodrigues. Por isso, não me sinto à vontade para participar de nenhuma comissão”, declarou Trindade, que na sessão ordinária de segunda-feira (18) formalizou um requerimento juntamente com os vereadores Odiosvaldo Vigas (PDT) e Alemão (PRP) pedindo a anulação do processo de composição dos colegiados.

O líder da bancada do governo negou que tenha havido qualquer tipo de favorecimento pessoal na formação das comissões e preferiu não polemizar.  Joceval Rodrigues atribuiu a quantidade de vereadores insatisfeitos ao aumento do número de vereadores na Casa e a permanência da mesma quantidade de integrantes dos colegiados. 

“Já tivemos 35 vereadores e eram sete membros das comissões. Na legislatura passada, tínhamos 41 e a quantidade de integrantes continuou a mesma. Hoje, temos 43 para as mesmas sete vagas. Não dá para atender o interesse de todos. Acho quenós precisamos abdicar de algo em prol do conjunto. Não houve favorecimento de forma alguma. Se houvesse, eu não ficaria apenas em uma comissão. Acredito que o vereador Trindade quer contribuir, quer fazer o melhor, mas não tomei nenhuma decisão sozinho. Tudo foi feito com muito diálogo com o presidente da Casa (Paulo Câmara) e os líderes”, justificou Joceval Rodrigues.

Outro que não ficou nada satisfeito com a formação das composições foi Odiosvaldo Vigas, que pleiteava a presidência da Comissão de Constituição e Justiça, abocanhada por Kiki Bispo (PTN). Ao médico pedetista, de consolo, foi oferecida a vice-presidência da Comissão de Saúde, Planejamento Familiar, Seguridade e Previdência Social.

“Abro mão da vice-presidência porque acredito que o nosso trabalho em conjunto pode fazer a diferença”, ofereceu Fabiola Mansur (PSB), que assumiu a vice-presidência do colegiado presidido por J. Carlos Filho (PT).
“Não aceitarei porque não concordo com a forma com que esse processo foi realizado. Feriu completamente o Regimento Interno da Casa e não posso compactuar com isso”, justificou Odiosvaldo Vigas.

Publicada no dia 19 de fevereiro de 2013, às 15h01


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