Política

"Não vou manifestar onde não sou bem vinda", diz Lídice sobre MPL

Senadora apoia manifestações, mas não quis impor sua política partidária  |  

Publicado em 01/07/2013, às 09h36      Terena Cardoso (Twitter: @terena_cardoso)

As manifestações que tomaram o Brasil nas últimas semanas, movidas pelo Movimento Passe Livre (MPL), continuam sendo a pauta principal no cenário político baiano. Sem fugir à regra, a senadora Lídice de Mata (PSB), foi bombardeada de perguntas sobre o assunto durante passagem na programação da Tudo FM, na manhã desta segunda-feira (1º). Ao ser questionado do porque de não ter sido vista nos protestos ocorridos em Salvador, a pré-candidata ao governo do Estado se defendeu: “Não vou manifestar num local que não sou bem vinda. Sou política e partidária, mas apoiei e acompanhei de perto todas elas”, assegura.

A senadora também não deixou de responder aos questionamentos sobre a truculência da polícia militar contra manifestantes e jornalistas. Os embates foram largamente divulgados tanto nas redes sociais quanto na imprensa e teve a promessa de que seriam apurados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA). “O próprio governador Jaques Wagner convocou os seus conselhos para discutir a manifestação para que se pudesse conversar com a polícia militar. A ideia é que ela atue de forma mais preparada. Mas, é preciso repensar todo o sistema de defesa pública. Emergem dessas manifestações excelentes propostas novas como desmilitarização da polícia militar e claro, é preciso rever o tipo de preparação que a polícia tem no Brasil”, disse a senadora.

Ainda durante passagem na emissora, Lídice da Mata discursou sobre a pré-candidatura ao governo do Estado nas eleições de 2014 e acredita ter vigor para enfrentar quatro anos no posto de governadora. “Estou tão preparada como estive para dirigir a minha cidade. Fiz obras em Salvador que até hoje a população se beneficia. Eu creio que estou no mesmo nível que todos os outros pré-candidatos. É claro que meu partido é pequeno, não tenho recursos financeiros e econômicos por traz de mim para me dar a certeza da vitória, mas também não sou candidata a qualquer custo. Eu sou uma candidata da base do governador Jaques Wagner e não nego ser parte de um governo que melhorou a qualidade de vida do povo da Bahia”, acredita.

Já sobre outras articulações para 2014, a senadora preferiu não opinar muito, principalmente sobre qual seria o seu posicionamento caso o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Marcelo Nilo, se candidatasse ou o governador de Pernambuco, Eduardo Campos. “Não acredito que Nilo sairia contra outro candidato do PT. O quadro eleitoral da Bahia é muito fomentado por articuladores políticos que atiçam o imaginário popular, o resto só o futuro dirá”, disse a senadora, que não teme ser vaiada no 2 de Julho amanhã.

 “Eu não deixo de ir ao 2 de Julho e não tenho medo de vaia. Já tomei vaia como prefeita, fizeram greve no meu mandato e isso faz parte da democracia. A política é assim. Tem momento que há crises e conflitos e naquele momento os políticos caem. Em outros, elevam-se. Eu tenho enormes vitórias para comemorar neste país. Lutamos por anistia, constituinte, a geração que está nas ruas é neta daqueles que fizeram os 68 e é filha da minha geração. Tenho diversos amigos dos meus filhos que estão nas ruas, são herdeiros e é assim que o país vai crescer”, finalizou. 

Classificação Indicativa: Livre


Tags psb protestos lidice da mata senadora mpl