Política
Publicado em 05/03/2014, às 21h22 Reprodução Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)
Por falta do apoio popular mínimo exigido por lei, a Rede Sustentabilidade, de Marina Silva, viu sua formalização ser barrada em outubro no Tribunal Superior Eleitoral, que arquivou o processo.
Apesar de não ter nem previsão de quando irá retomar o pedido de registro, o movimento segue ativo, com a declarada pretensão de governar o país a partir de janeiro de 2015, ao lado de Eduardo Campos (PSB).
A sigla do hoje governador de Pernambuco é um dos principais pilares para o funcionamento do que Marina classifica como "o primeiro partido clandestino" da história democrática.
Em primeiro lugar, abrigou boa parte dos "marineiros" que precisavam de uma legenda para disputar as eleições de outubro, incluindo Marina.
A provável vice na chapa presidencial de Campos se filiou ao PSB, da mesma forma que aliados como Walter Feldman e Alfredo Sirkis, nomes "da Rede" para a disputa dos governos de São Paulo e Rio de Janeiro, respectivamente. Diversos militantes foram para PV, PPS, Pros e Solidariedade, entre outros.
"Eles se portam como um partido de fato e nós o tratamos assim", diz o secretário-geral do PSB, Carlos Siqueira, que afirma ter passado por situação similar na ditadura militar (1964-1985). "Eu era do MDB Jovem, mas na verdade apenas 'estava' no MDB Jovem. Era na verdade do Partidão", diz, em referência ao então clandestino PCB (Partido Comunista Brasileiro).
De fato, embora esteja abrigada no PSB, Marina e seus aliados recusaram participar dos órgãos de direção da legenda e continuam atuando "partidariamente" na Rede.
Como todo partido precisa de dinheiro para funcionar, a Rede também montou a sua estrutura de financiamento, mas não conta com um dos principais pilares desse mecanismo: o fundo partidário, dinheiro público destinado às legendas oficialmente reconhecidas. Sobre o outro pilar, as doações de empresas privadas, ela diz não ter recorrido até agora.