Política

Olívia Santana diz que juiz carioca usou da toga para praticar racismo

Povo de santo protestou contra decisão judicial que minimiza candomblé e umbanda  |  

Publicado em 21/05/2014, às 17h48      Marivaldo Filho (Twitter: @marivaldofilho)

Presente no protesto das religiões de matriz africana, na tarde desta quarta-feira (21), no Pelourinho, a pré-candidata a uma das vagas na Assembleia Legislativa da Bahia, Olívia Santana (PCdoB), criticou a postura do juiz Eugênio Rosa de Araújo, da 17ª Vara da Justiça Federal no Rio de Janeiro, que, em uma sentença, não considerou os cultos afro-brasileiros como religiões.  


“Ele usou do poder que tem como juiz e utilizou da toga para praticar o racismo e a intolerância. Estamos reunidos para repudiar o racismo, principalmente por partir de uma pessoa que fala em nome do Estado. É inaceitável esse tipo de postura”, declarou.

Para a comunista, o fato do magistrado voltado atrás na argumentação da sentença não minimiza a carga de preconceito que está enraizada na decisão judicial.

“Ele só voltou atrás dos argumentos, mas manteve a sentença que incentiva a discriminação. O povo de santo não aceita e fez um esse ato. É preciso que uma atitude de Estado seja tomada para que essa sentença seja revertida”, declarou.

Mesmo após mudar a fundamentação da decisão judicial, o juiz Eugênio Araújo recusou o pedido do Ministério Público Federal para retirar do YouTube os vídeos com agressões às crenças de origem africana. O magistrado manteve os vídeos no ar com o argumento de “liberdade de expressão”.

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