Política

Auditoria da CGU aponta distorções contábeis bilionárias no governo Bolsonaro

Apenas no Ministério da Agricultura foram identificadas inconsistências de R$ 142,9 bilhões  |  Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 20/07/2023, às 08h14   Marcelo Camargo/Agência Brasil   Daniel Serrano

Uma auditoria realizada pela Controladoria-Geral da União (CGU) mostra que, apenas no último ano do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), houve distorções contábeis de R$ 202 bilhões em contas de cinco ministérios. Os relatórios do exame financeiro de 2022 foram publicados em abril deste ano, mas a divulgação ocorreu apenas na última quarta-feira (19).

Segundo o documento, o Ministério da Agricultura foi o que registrou a maior inconsistência, avaliada em $ 142,9 bilhões. A auditoria aponta ainda que a maior parte das distorções (R$ 134 bilhões) ocorreu em possíveis falhas contábeis no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que no governo Bolsonaro era de responsabilidade do Ministério da Agricultura.

Em seguida, aparece o Ministério da Educação (MEC) com 17,1 bilhões em falhas. A auditoria afirma que as demonstrações da pasta "não refletem a situação patrimonial, o resultado financeiro e os fluxos de caixa" do MEC. Um exemplo é o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) que apesenta valores diferentes dos apresentados na Caixa e no Banco do Brasil. As distorções são de R$ 782 milhões.

Ainda foram identificadas falhas de R$ 15,9 bilhões no Ministério da Saúde, referentes aos controles internos de pagamento de despesas e na gestão de medicamentos e estoques. Já no Ministério da Cidadania, a auditoria encontrou distorções de R$ 6,3 bilhões no pagamento dos programas Auxílio Brasil e Auxílio Gás. Outros R$ 20,3 bilhões foram identificados em falhas contábeis no Ministério da Infraestrutura, sendo R$ 2,3 bilhões relacionados a erros nas contas envolvendo concessões de aeroportos.

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