Braga Netto chamou comandante do Exército que rejeitou golpe de “cagão”; entenda

Ex-ministro da Defesa e ex-candidato a vice na chapa com Jair Bolsonaro (PL), o general Walter Braga Netto detonou a cúpula das Forças Armadas por ter rejeitado um plano de golpe de Estado. É o que mostram mensagens obtidas pela Polícia Federal.

O alvo das críticas de Braga Netto foi Marco Antônio Freire Gomes, que na oportunidade era comandante do Exército. Em conversas no WhatsApp, o braço direito de Bolsonaro encaminhou uma mensagem: "Infelizmente tenho que dizer que a culpa pelo que está acontecendo e acontecerá e do Gen. FREIRE GOMES. Omissão e indecisão não cabem a um combatente".

A troca de mensagens de Braga Netto foi com Ailton Moraes Barros, militar preso na investigação sobre falsificação de cartões de vacina. Barros respondeu que deveria "oferecer a cabeça" de Freire Gomes aos leões. O ex-ministro então respondeu: "Oferece a cabeça dele. Cagão".

Em outra mensagem, Braga Netto orienta Ailton Barros a atacar o tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, então comandante da Aeronáutica. Braga Netto se refere ao tenente-brigadeiro como "traidor da pátria". "Inferniza a vida dele e da família", completa o ex-candidato a vice-presidente.

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