Política
Publicado em 15/05/2023, às 10h38 Joilson Cesar/BNews Daniel Serrano e Pedro Moraes
O transporte público de Salvador tem sido um dos assuntos mais comentados nas últimas semanas. Após o Sindicato dos Rodoviários oficializar o estado de greve da categoria, o prefeito da capital baiana, Bruno Reis, mencionou que o prazo para anunciar o reajuste da tarifa dos coletivos ainda está indefinido.
“Anualmente acontece o reajuste. Quando e qual será o percentual, ainda não dá para falar. O subsídio ajuda a fechar a conta do transporte público. Essa operação, hoje, é deficitária. A receita do sistema não é suficiente para cobrir os custos do seu funcionamento. Hoje, se os ônibus estão rodando, é porque nós [Prefeitura Municipal de Salvador] estamos pagando óleo diesel, dando apoio financeiro para cobrir o desequilíbrio gerado pela pandemia”, explicou o gestor.
Ainda durante a entrega das novas viaturas da Guarda Civil Municipal (GCM) na manhã desta segunda-feira (15), Bruno Reis comparou o município de Salvador com a cidade de São Paulo. Segundo o gestor, o investimento no departamento de transporte público abrange cerca de R$ 5,1 bilhões por ano, quantia que seria 50% do orçamento da capital baiana.
“Esse problema que Salvador enfrenta é um problema de todas as cidades. Se perguntar a qualquer pleito qual é o maior problema para enfrentar, eles vão dizer sistemas de ônibus, de transporte, que não se sustenta, e os municípios não têm condições de assumir mais essa responsabilidade. Se você for em qualquer país do mundo, vai ver lá o governo federal, subsidiando, apoiando e investindo em transporte público para que ele possa se modernizar e melhorar”, finaliza, em coletiva cedida no Largo do Terreiro de Jesus.
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