Política

Cerco fecha contra Jair Bolsonaro após depoimentos de militares; entenda

Bolsonaro é investigado por tentativa de golpe de Estado e organização criminosa  |  Isac Nóbrega / Planalto

Publicado em 15/03/2024, às 17h22 - Atualizado às 17h23   Isac Nóbrega / Planalto   Daniela Pereira

A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de retirar o sigilo dos depoimentos de militares e políticos à Polícia Federal, nesta sexta-feira (15), caiu como uma bomba no colo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados. 

Os depoimentos dos comandantes das Forças Armadas, Marco Antônio Freire e Baptista Júnior, colocam Bolsonaro no centro da trama golpista. Além de saber sobre a minuta do golpe, o ex-presidente a discutiu com os chefes das Forças Armadas.

À polícia, Freire contou que durante reuniões com os comandantes, Bolsonaro teria detalhado a possibilidade de "utilização dos institutos jurídicos" que abriram espaço para decretar Garantia da Lei e da Ordem (GLO), Estado de Defesa ou Estado de Sítio.

Segundo o Globo, o então comandante da Aeronáutica Carlos de Almeida Baptista Junior afirmou que Bolsonaro sabia que a Comissão de Transparência das Eleições (CTE) não identificou qualquer fraude na disputa eleitoral presidencial de 2022, mas preferiu manter as críticas ao sistema, levantando dúvidas sobre a votação.

Para a Polícia Federal (PF), Bolsonaro e seus aliados planejaram um golpe de Estado para mantê-lo no poder e impedir a posse do presidente Lula (PT), que ganhou as eleições em outubro de 2022.

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