Política

Dados de voos do crime organizado na Amazônia não são compartilhados pela FAB; saiba detalhes

De acordo com a FAB, o compartilhamento traria risco à 'segurança nacional'  |  Sargento Bianca / CECOMSAER / Divulgação / Polícia Federal

Publicado em 16/11/2023, às 11h09 - Atualizado às 11h13   Sargento Bianca / CECOMSAER / Divulgação / Polícia Federal   Tácio Caldas

A Força Aérea Brasileira (FAB) cataloga em um banco de dados todos os voos ilegais que transitam pelas fronteiras da Amazônia. Apesar disso, a FAB não compartilha as informações com outras instituições, como a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF). Vale lembrar que esses dois órgãos são os responsáveis por investigar o crime organizado.

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Qual o problema?

Tanto a PF quanto o MPF afirmam que a FAB ignorou os pedidos de compartilhamento de dados sobre voos ilegais na Amazônia nos últimos meses. De acordo com os órgãos, essas informações seriam utilizadas como apoio na investigação e nas operações, entre elas as que envolvem o garimpo ilegal. Esses voos seriam realizados por aeronaves sem planos de voo, com um Tráfego Aéreo Desconhecido (TAD).

Esses voos, normalmente, são utilizados para crimes ambientais, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Devido a isto, para os procuradores e policiais, a ausência do compartilhamento das informações dificulta o combate das atividades criminosas.

O que diz a FAB

Para a Força Aérea Brasileira, esses voos ilegais são catalogados e monitorados exclusivamente para "uso interno" em apoio a "atividades de inteligência e ações de policiamento do espaço aéreo, que podem ocorrer em operações conjuntas e interagências". Para a Controladoria Geral da União (CGU), a FAB admitiu a existência do banco de dados e a falta do compartilhamento, sob risco à 'segurança nacional', evocando um decreto da ditadura militar para manter o sigilo. As informações são do UOL.

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