Defesa de Valdemar solicitará a PF que ouro e itens de luxo apreendidos em sua casa sejam devolvidos; confira

A defesa de Valdemar Costa Neto (PL) solicitará à Justiça, na próxima semana, a devolução de parte dos bens apreendidos na casa dele em fevereiro, durante o cumprimento das investigações sobre o envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Na ocasião, uma pepita de 39 gramas de ouro e dois relógios das marcas Rolex e Bulgari foram apreendidos na casa do presidente nacional do PL.

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Além dos itens de luxo, um caderno de anotações de Valdemar também está entre os itens que a defesa tentará reaver. No entanto, a arma que estava com registro irregular não será requerida de volta.

Advogados de Valdemar ainda aguardam o resultado definitivo de uma perícia da Polícia Federal, que pode atestar que a pepita foi retirada de um garimpo artesanal de fora do Brasil, não configurando crime pela sua posse.

Em depoimento à PF, Valdemar alegou que a pepita de ouro na verdade 'foi um presente recebido há muitos anos'. No entanto, quando questionado sobre quem o presentou, o presidente do PL despistou e disse 'não se lembrar, já que recebe muitos presentes'.

De acordo com o jornal O Globo, as análises técnicas preliminares da PF indicam que a morfologia da peça não é compatível com o solo e as formações rochosas da Amazônia, que indicaria a extração clandestina em um garimpo no território nacional.

Através do programa Ouro Alvo, a PF possui um banco com amostras de perfis auríferos que permitem identificar a origem do ouro confiscado em operações. De acordo com a análise dos técnicos, a rocha de origem da pepita pode ser de formação recente, vindo de algum local próximo de montanhas, com os Andes, na América do Sul, ou da Costa do Pacífico, nos Estados Unidos e Canadá. As rochas da região amazônica são de formações mais antigas.

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