Política

Tarcísio de Freitas pode mudar de partido; entenda

Mudança está dependendo apenas de existir um 'melhor momento'.  |  Fernando Nascimento / Governo do Estado de São Paulo

Publicado em 16/08/2023, às 06h45 - Atualizado às 07h11   Fernando Nascimento / Governo do Estado de São Paulo   Cadastrado por Tácio Caldas

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) vinha cogitando a possibilidade de mudar de partido há pelo menos dois meses. A intenção do chefe do executivo municipal paulista é de trocar o seu atual partido pelo Progressistas (PP).

De acordo com informações obtidas pelo 'o Bastidor', pessoas próximas ao governador e ao presidente do PP, Ciro Nogueira, a oficialização da troca de partido está pendente de apenas existir um 'melhor momento'.

Ainda segundo eles, se envolveram nessa negociação - que vem ocorrendo desde janeiro -, os pepistas Maurício Neves e Tereza Cristina, de quem Tarcísio foi colega de ministério durante o governo do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL).

Esse movimento tem chamado a atenção e, apesar disso, o governador tem dito que fica no Republicanos. Ele tem usado a permanência como moeda de troca para tentar impedir a entrada do partido no governo Lula (PT), mas é um mero jogo de cena.

Motivos para a mudança

Dois motivos que fizeram o governador paulista tomar essa decisão tem a ver com o seu partido atual. Desde a campanha eleitoral, Tarcísio de Freitas tem se mostrado insatisfeito com o Republicanos. Isso porque, segundo o gestor estadual, a legenda não teria se empenhado devidamente para a sua eleição, a qual ele credita ao ex-presidente Bolsonaro.

Além disso, o que também contribuiu para essa decisão foi o fato do partido ter contribuido com a piora da relação do governador com o presidente do seu partido, o deputado Marcos Pereira (PP) e o envio de uma lista com cerca de 150 nomes que ele queria colocar em seu governo. De acordo com o chefe do executivo paulista, a maioria dos nomes foi rejeitado, uma vez que o governador Tarcísio de Freitas entendia que não devia nada ao partido.

Novas filiações

Na próxima quinta-feira (17) as mudanças já começam. O chefe da Casa Civil do governador de São Paulo, Arthur Lima, deve anunciar a filiação ao PP. Esse movimento já estava previsto desde junho e tinha como objetivo atrair mais prefeitos para a legenda.

Isso, inclusive, coloca em risco a aliança com o Partido Social Democrático (PSD), de Gilberto Kassab. Ele (Kassab), já vem reclamando da possibilidade de o governador utilizar a máquina do estado, como uma espécie de concorrência desleal, uma vez que é esperado que cerca de cem prefeitos se filiem ao PP nos próximos meses.

Assista ao Radar BNews da última terça-feira (15):

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