Governo tenta atrair União Brasil e isolar partido de Bolsonaro, mas negociação chega a entrave; entenda

O União Brasil tem um objetivo bilionário como moeda de troca para compor o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O partido, maior do país, já está dentro da estrutura da atual gestão, inclusive com a indicação da Ministra do Turismo, Daniela do Waguinho. No entanto, ainda adota postura de independência no Congresso.

O Governo Lula pretende atrair a superlegenda para sua base e fazer, dessa maneira, com que o partido de Jair Bolsonaro, o PL, fique isolado dentro do Congresso. No entanto, há grandes entraves políticos.

O União Brasil quer mais cargos no Executivo. Além de Daniela do Waguinho, o partido tem mais dois nomes em ministérios.

Agora, além da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), que já vinha sendo negociada com o líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento (BA), a fatura apresentada inclui os comandos da Superintendência de Seguros Privados (Susepe), da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e ainda a presidência do Banco do Nordeste.

Somados, os orçamentos destes órgãos superam R$ 2,9 bilhões em 2023. As informações são do jornal O Globo.

Atrair o União Brasil é importante para o PT isolar o PL, que tem maior bancada na Câmara dos Deputados, por exemplo. Com isso, tem força para comandar a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), por onde passam todos os projetos que tramitam na Casa.

O controle da CCJ daria ao Palácio do Planalto poder para pautar propostas de seu interesse ou segurar aquelas que não lhe agradem.

Presidente do União Brasil, Luciano Bivar é favorável à adesão ao governo. A postura é diferente da adotada por Elmar Nascimento, líder do partido na Câmara, que foi barrado por petistas de assumir o Ministério de Minas e Energia.

Alguns dos órgãos na lista do União Brasil já estão prometidos a outros aliados. O Banco do Nordeste deverá ser indicado por um acordo das bancadas do PT do Nordeste ou ser entregue ao ex-governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB).

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