Política
Publicado em 13/02/2023, às 07h11 Foto: Carlos Moura/STF Cadastrado por Vinícius Dias
Jair Bolsonaro (PL) pretendia construir um Supremo Tribunal Federal (STF) terrivelmente evangélico, utilizando o adjetivo como um dos motes para agradar seus eleitores cristãos. Ele indicou dois ministros para a Corte Suprema: Kassio Nunes Marques e André Mendonça ao longo de seu mandato.
Atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem simpatia por um dos dois ministros indicados por seu antecessor. Segundo relatos de aliados de Lula ao site Metrópoles, ele tem tem feito questão de deixar isso claro nas conversas com integrantes do meio jurídico, nos bastidores.
O ministro em questão tem histórico de votos contra e a favor de Lula no STF. Ao mesmo tempo em que votou contra anular as condenações do petista na Lava Jato, já votou para manter decisão que declarou Sergio Moro suspeito.
Além disso, ele é próximo de um dos maiores aliados de Lula dentro do PT: o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT). Uma relação que começou no estado onde ambos nasceram: o piauí. O ministro em questão é Kassio Nunes Marques.
No início da noite, presidente Lula se reúne com os 27 governadores e representantes de estados. Em seguida, uma cena histórica: autoridades brasileiras, juntas, visitam prédio do STF.
— Camarote da República (@camarotedacpi) February 8, 2023
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Lula: 'O que aconteceu no Palácio, no STF, foi a revolta dos ricos que perderam a eleição'
— Jornal O Globo (@JornalOGlobo) February 6, 2023
Afirmação foi dada durante o discurso na posse do novo presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, na sede da instituição, no Rio de Janeiro.
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Quem foi indicado por quem
Bolsonaro indicou: André Mendonça (2021) e Nunes Marques (2021). Aposentadorias compulsórias em 2047 para ambos.
Michel Temer indicou: Alexandre de Moraes (2017). Aposentadoria compulsória em dezembro de 2043
Dilma Rousseff indicou: Edson Fachin (2015), Luís Roberto Barroso (2013), Rosa Weber (2011), Luiz Fux (2011). Aposentadorias compulsórias dos dois primeiros em 2033; Weber em outubro de 2023; Fux em abril de 2028.
Lula indicou: Dias Toffoli (2009), Carmen Lúcia (2006), Ricardo Lewandowski (2006) e Gilmar Mendes (2002). Aposentadorias compulsórias: Toffoli em novembro de 2042; Carmen Lúcia em abril de 2029; Lewandowski em maio de 2023; Gilmar Mendes em dezembro de 2030. Lula indica mais dois ministros neste mandato