Política

Prefeito do Rio diz que não vai atender recomendação do governo Bolsonaro para vacinar crianças

Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, abriu uma consulta pública para tratar do assunto  |  Prefeito Eduardo Paes em coletiva de imprensa - Tomas Silva/Agência Brasil

Publicado em 24/12/2021, às 14h45   Prefeito Eduardo Paes em coletiva de imprensa - Tomas Silva/Agência Brasil   Redação

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, afirmou nesta sexta-feira (24) que não vai atender a recomendação do governo Bolsonaro, anunciada pelo Ministério da Saúde, para que a vacinação contra a Covid-19 em crianças seja condicionada a uma prescrição médica - além da autorização dos pais ou responsáveis.
 
Paes garantiu que no estado do Rio não será feita a exigência do atestado médico para vacinar crianças entre 5 e 11 anos com o imunizante da Pfizer, o que já havia sido permitido pelo órgão controlador responsável no país, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
 
O gestor usou o Twitter para avisar que não irá acatar a determinação e evocou o Estatuto da Criança e do Adolescente, replicando um trecho do artigo 14 que fala sobre a obrigatoriedade da vacinação em crianças nos "caso recomendados pelas autoridades".

Aqui não vai precisar de atestado para vacinar crianças não. Vejam o que diz o parágrafo primeiro do art 14 do Estatuto da Criança e do Adolescente! pic.twitter.com/MaF9RKOpGS

— Eduardo Paes (@eduardopaes) December 24, 2021
 
Nesta sexta-feira, o Rio registrou o menor número de internados por Covid desde o começo da pandemia. Apenas 0,2% dos internados nos leitos municipais são pacientes com coronavírus.
 
"O melhor presente de Natal que o Rio poderia ter: o menos nível de internados por Covid desde o início da pandemia", celebrou o prefeito.
 
O governo Bolsonaro adiou a decisão final sobre a permissão para imunização de crianças. Entre tantas declarações públicas, Queiroga disse que a "pressa é inimiga da perfeição" e que a taxa de mortalidade infantil pela doença estava em um "patamar" aceitável.
 
A alternativa encontrada pelo governo então foi submeter a decisão a uma consulta pública, o que gerou a revolta de autoridades sanitárias e políticos, em especial pelo aval já ter sido dado pela Anvisa após análise técnica.
 
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