Rui Costa quer manter distância da articulação política de Lula

Escolhido por Lula para ocupar a pasta mais importante do Governo Federal, o ex-governador da Bahia, Rui Costa (PT), já foi criticado por supostamente dificultar a relação com o Congresso ao travar liberação de emendas e nomeações, mas o baiano garante que não participa da articulação política do Palácio do Planalto e garante que quer manter distância.

Em entrevista concedida ao jornal O Globo, o ex-governador da Bahia afirma a decisão é em atendimento a um pedido feito pelo próprio presidente Lula. “A ênfase do presidente foi, desde o início, pedir que eu me concentrasse na gestão de governo e que resistisse ao máximo para não entrar na articulação política. Humanamente não tem como fazer as duas coisas”, conta.

Um dos maiores articuladores da política baiana, Rui Costa garante que no Governo Lula pretende não participar e ressalta que este é um papel do ministro Alexandre Padilha. “A relação do Congresso, do ponto de vista da articulação política, é da Secretaria de Relações Institucionais (comandada pelo ministro Alexandre Padilha). Não é comigo. Então, eu não participo disso. Não pretendo participar. Se, eventualmente, em reuniões de coordenação, o presidente solicita opinião, eu posso eventualmente dar. Mas eu não faço e não farei essa articulação”, disse.

Rui Costa ressalta que segue com a agenda aberta para interlocução com parlamentares em assuntos referentes à Casa Civil.  “A partir de agora consigo começar a abrir mais a minha agenda para interlocução com parlamentares. Mas, se for para discutir assuntos que não são da minha parte, da articulação política, não tem condição”, pontua.

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