Política
Publicado em 18/12/2022, às 11h05 - Atualizado às 20h05 Vagner Leal do Rosário Cadastrado por Yuri Abreu
Solto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na última sexta-feira (16), o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral já tem uma missão definida após deixar a prisão, o que pode ocorrer nesta segunda-feira (19).
A decisão de colocar Cabral em liberdade foi tomada pela 2ª Turma da corte, por três votos a dois. Os votos pela soltura foram proferidos pelos ministros Ricardo Lewandowski, André Mendonça e Gilmar Mendes. Edson Fachin, relator do caso, e Nunes Marques votaram para manter a prisão.
Agora, depois de exatos 2.220 dias atrás das grades, Cabral, segundo a revista Veja, terá como objetivo questionar a parcialidade do juiz Marcelo Bretas, responsável pela Operação Lava-Jato no Rio e autor da maior parte das sentenças que levou o político a acumular condenações de mais de 425 anos de cadeia.
Segundo a defesa do ex-governador, a ideia é adotar a mesma estratégia que foi aplicada ao ex-juiz de Curitiba Sergio Moro. No caso dele, o Supremo concluiu que o agora senador eleiuto perseguiu politicamente o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que condenado a 26 anos por corrupção e lavagem de dinheiro, conseguiu ter seus processos anulados depois que vieram à tona diálogos dele com procuradores combinando estratégias, discutindo detalhes da investigação e demonstrando parceria entre juiz e acusação, o que é ilegal.
Em junho de 2021, o advogado Nythalmar Dias Ferreira Filho, investigado pela prática dos crimes de tráfico de influência e exploração de prestígio, fechou um acordo de delação premiada que tem Marcelo Bretas como figura central de uma trama que envolve a negociação de penas para autoridades enroladas em investigações, combinação prévia de estratégias com o Ministério Público e manobra de processos.
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