Voto de Wagner causa racha na líderança do governo no Senado; entenda

Após votar a favor da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que limita o poder do Supremo Tribunal Federal (STF), o senador Jaques Wagner (PT) surpreendeu a todos. Muitos ministros ficaram surpresos e um racha na liderança do governo no Senado Federal pôde ser observada, inclusive, com um ministro de Lula chamando Wagner de 'algoz' da votação.

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O curioso é que, com exceção de Wagner, todos os petitas seguiram a recomendação do partido e votaram contra a PEC. Na avaliação dos parlamentares governistas é que essa atitude do petista acabou por angariar até outros cinco votos favoráveis. Entre eles estariam os votos dos senadores como Otto Alencar (PSD), Mara Gabrilli (PSD) e Angelo Coronel (PSD). A matéria foi aprovada com 52 votos, sendo três a mais do que o necessário. 

Essa posição de Wagner também surpreendeu aos ministros do STF. Alguns magistrados, inclusive, avaliam que este pode ser um ponto de 'desvio' na relação do Supremo com o governo Lula (PT). Essa situação também destaca um outro problema: a falta de coordenação do governo. Isso porque Carlos Fávaro (PSD) foi exonerado a pedido para votar não na votação da PEC, contudo o líder do governo votou sim, nos dois turnos.

O detalhe que poucos estão falando é do movimento de Rodrigo Pacheco (PSD), que supostamente pressionou Jaques Wagner a ajuda-lo a aprovar a medida. Alguns parlamentares, inclusive, acreditam que este movimento de 'sacrifício' foi feito para poder ajudar ao governo a aprovar proposta na 'Casa Alta'. Entre elas as propostas de tributação dos fundos fechados e offshores e a taxação das apostas esportivas.

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