O tatuador Rodolfo Neto, de 28 anos, não teve o retorno para casa no início da noite de sábado (4) como esperado. Ele afirma que a lancha que ele estava em direção a Mar Grande ficou à deriva e os passageiros não receberam qualquer tipo de orientação. O motor nem teria sido desligado e ação teria durado cerca de 2 minutos.
"A lancha desligou, ficou à deriva, parecendo que ia virar. O povo ficou gritando, pegando colete, alguns coletes não entravam. O pessoal da lancha não falou nada, achei um absurdo", contou, em entrevista ao BNews neste domingo (5).
Ele disse que a lancha se preparou para sair de Salvador às 18h15, e a embarcação parou de funcionar por volta das 18h50. O tatuador foi a Mar Grande encontrar a esposa.
"Não passaram nenhuma orientação, o pessoal foi tentando colocar os coletes sozinhos", completou.
Outro lado
Procurada pela reportagem para comentar o ocorrido, a Associação dos Transportadores Marítmios da Bahia (Astramab) afirmou inicialmente, por meio da assessoria de comunicação, que desconhecia esse "apagão" com alguma embarcação da travessia Salvador-Mar grande no sábado. Segundo a associação, a Capitania dos Portos teria informado se o incidente tivesse ocorrido.
Porém, a assessoria procurou novamente a reportagem e explicou que, na verdade, a embarcação ficou parada por volta das 18h45, enquanto aguardava uma outra embarcação liberar o local para a lancha conseguir atracar. Segundo a associação, um tripulante informou a situação aos passageiros, que é considerada comum, já que o canal de navegação de Mar Grande é estreito.
A Astramab também explicou que todas as embarcações têm orientação sobre como usar colete, inclusive com o uso de televisores nas embarcações, exibindo filmes com orientações aos passageiros. A Capitania dos Portos, Marinha do Brasil, faz a exigência.
*Atualizada às 16h21
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