Saúde
Publicado em 19/04/2022, às 05h30 - Atualizado às 06h30 Divulgação/Prefeitura de Cuiabá Diego Vieira
O retorno das crianças ao convívio social, principalmente nas escolas, fez com que surgissem no país surtos espalhados da doença conhecida como síndrome mão-pé-boca, que atinge principalmente as crianças de até 5 anos. Nesta segunda-feira (18), a coordenação de vigilância epidemiológica (Viep) da Secretaria Municipal de Saúde de Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, emitiu um alerta aos pais sobre o registro de casos em creches e escolas do município.
A mão-pé-boca provoca irritação na pele, que forma bolhas e provoca febre, além de mal-estar, dor de garganta e diarreia.
“Já estamos fazendo um movimento junto às escolas da rede municipal e também da rede privada, de forma pontual, para esclarecimentos e orientações acerca das doenças na infância e a importância dos cuidados para evitar transmissão coletiva”, afirmou a coordenadora da Viep de Vitória da Conquista, Amanda Maria Lima.
De acordo com o médido pediatra Augusto Sampaio, a infecção é causada pelo vírus Coxsackie da família dos enterovírus que habitam normalmente o sistema digestivo. Embora seja mais comum em crianças, adultos também podem ser acometidos pela doença.
"Ela é classificada em dois grupos: “A, que prefere atacar a boca, pele, olhos e unhas, causando ferimentos, sendo as aftas os piores; e B, que ataca o fígado, coração, pleura e pâncreas, e possui 6 subtipos. No entanto, o quadro clínico mais comum é aquele que deu nome à doença", explica.
Ainda segundo o médico, não se deve esperar piorar o quadro clínico do paciente para procurar um pediatra. "Ele é que vai, com segurança, olhar as feridas na boca, mãos e solas dos pés, principalmente, e ensinar como cuidar delas logo, para não surgir uma infecção secundária por bactérias. Além disso, ele vai ensinar como higienizar a boca e dar alívio às aftas", frisa.
Apesar de não ser considerada uma doença grave, a mão-pé-boca pode, em alguns casos, provocar meningite e até atingir o coração da criança infectada.
"Felizmente, a maioria dos casos evolui para a cura, mas a palavra final tem que vir do médico, obviamente, porque a infecção pode provocar meningite e até mesmo atingir o coração. Espera-se uma vacina que imunize com apenas uma ou poucas doses, sem provocar efeitos colaterais de maior gravidade", afirma o profissional.
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Levando em consideração que ainda são muitos os questionamentos acerca da doença, o BNews listou as principais dúvidas sobre a síndrome. Veja abaixo:
Os sintomas podem durar por uma semana, quando ocorre o maior risco de contágio da doença. Os principais sinais e sintomas são:
O diagnóstico é clínico, baseado nos sintomas, localização e aparência das lesões. Ainda não há um tratamento específico para a doença. Em geral, como ocorre com outras infecções por vírus, ela regride espontaneamente depois de alguns dias. Por isso, na maior parte dos casos, o tratamento é feito com antitérmicos e anti-inflamatórios. O ideal é que a criança permaneça em repouso, tome bastante líquido e alimente-se bem, apesar da dor de garganta.
A transmissão se dá pela via fecal/oral, através do contato direto entre as pessoas ou com as fezes, saliva e outras secreções, ou então através de alimentos e de objetos contaminados. Mesmo depois de recuperada, a pessoa pode transmitir o vírus pelas fezes durante aproximadamente quatro semanas. O período de incubação oscila entre um e sete dias. Na maioria dos casos, os sintomas são leves e podem ser confundidos com os do resfriado comum.
Em geral, como ocorre com outras infecções por vírus, ela regride espontaneamente depois de alguns dias. Por isso, na maior parte dos casos, tratam-se apenas os sintomas. Medicamentos antivirais ficam reservados para os casos mais graves. O ideal é que o paciente permaneça em repouso, tome bastante líquido e alimente-se bem, apesar da dor de garganta.
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