Estudo indica que medicamento para Alzheimer mostra bons resultados

O medicamento contra o Alzheimer, que está sendo fabricado por Eisai Co Ltd e Biogen, mostrou um retardo no declínio cognitivo em grande teste em pacientes que se encontram nos estágios iniciais da doença. Os resultados positivos representam uma grande conquista, já que diversos produtos medicinais anteriores acabaram fracassando.

A doença, que afeta cerca de 55 milhões de pessoas em todo o mundo, não tinha um medicamento que apresentasse êxito até então. O número de norte-americanos que vivem com a doença deve dobrar para treze milhões até 2050, o que desperta uma certa "pressa" para o descobrimento de um remédio que ajude no controle dos sintomas. Globalmente, até 2050, pode chegar a 139 milhões de pessoas diagnosticadas.

Segundo informações da Reuters, a droga lacaneab retardou o avanço da doença em 27% em comparação com um placebo, atingindo o objetivo principal do estudo e trazendo esperança para os pacientes e famílias que vivem essa situação. Um avanço no tratamento da doença seria um impulso para estudos semelhantes elaborados por outros laboratórios, como Roche e Eli Lilly.

Segundo Kristian Steen Frederiksen, diretor de uma unidade de ensaios clínicos da Universidade de Compenhague, mesmo os resultados sendo positivos, ainda está "muito cedo" para determinar se os efeitos são clinicamente significativos.

Aprovação

Para que o medicamento comece a ser utilizado pela população que tem Alzheimer, a Eisai está procurando a autorização da Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA), que deve tomar a decisão no início de janeiro. O objetivo é a aprovação e comercialização total do remédio nos Estados Unidos, na Europa e no Japão até o fim de 2023.

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