Política

Alban afirma que indústria na Bahia vai mal e luz amarela pode ficar vermelha

Publicado em 21/04/2017, às 00h00   Redação


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Por: Luiz Fernando Lima

Presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Ricardo Alban entende que o atual momento político nacional tem dificultado o desenvolvimento da economia, principalmente, pela instabilidade que causa. Contudo, o dirigente da entidade acredita que é possível encontrar saídas para a retomada do crescimento. No que se refere ao setor industrial da Bahia, 2017, assim com 2016, não suscita grandes perspectivas, na avaliação do dirigente.

Por outro lado, a Fieb acaba de adquirir e licitar a obra da primeira etapa do novo complexo Cimatec Industrial que será construído na mesma área onde ficaria a montadora Jac Motors, no município de Camaçari. O centro será um dos principais captadores de polos de inovação em segmentos com energia renováveis, automóveis e petróleo e gás.

Nesta entrevista exclusiva ao Bocão News, Alban analisa o cenário enfrentado atualmente, aponta sugestões para saídas, não se furta a defender a necessidade, na sua avaliação, das reformas trabalhista e da Previdência ponderando que é preciso chegar a um denominador interessante para todos os agentes. O presidente da Fieb também sentencia que é preciso ultrapassar o paradigma de confronto entre empresário e trabalhador de modo que, para o empresário, é preciso que o trabalhador seja bem remunerado para que possa consumir e fazer a “roda girar”.

Confira!

BNews: Há um ano, a Fieb optou por não se posicionar sobre o processo de impeachment da então presidente Dilma Rousseff. O senhor afirmou, na época, que independentemente do resultado do processo, o setor industrial cobraria medidas para fazer com que o país voltasse a crescer. Um ano se passou e ainda não há perspectiva de crescimento real. Como o senhor avalia o atual momento do país para a Indústria?

Ricardo Alban: Quando se começa a falar do interesse da indústria, é preciso desmistificar uma pouco, pois o interesse da indústria é o desenvolvimento econômico. É preciso ter consumidor, trabalhador qualificado, colaborador com a capacitação técnica adequada, a sociedade educada para se ter desenvolvimento econômico. Para que este conjunto possa produzir e consumir, o interesse da Indústria é, portanto, também o do trabalhador e o da sociedade.

B.News: Mas há divergências claras entre empresário e trabalhador?

Ricardo Alban: Obviamente que cada um tem a sua peculiaridade, mas são convergentes em vários momentos. Não se tem indústria sem colaborador. Assim como não se tem renda sem trabalho.

B.News: Sobre as reformas que estão propostas, como o senhor avalia?

Ricardo Alban: A reforma da Previdência precisa ser apresentada como forma de equalizar a situação e o problema é matemático. O mundo inteiro está fazendo reforma previdenciária: a França já fez duas vezes. Os EUA já fizeram duas vezes e vão continuar fazendo, porque a medida que a qualidade de vida e longevidade vão aumentando, existe a necessidade de revisar. Não faz muito tempo se falava do envelhecimento da Europa, o Brasil está com um crescimento ainda maior. Nós temos 200 milhões de habitantes e nossa curva de envelhecimento está muito rápida. Isso significa que vamos ter problemas mais rápidos e não só na Previdência.

B.News: Então estas reformas que estão sendo propostas atendem o interesse da sociedade na visão da Fieb?

Ricardo Alban: Deveriam ser mais realistas para a situação fiscal, econômica que existe no país. Mas entendemos que não será possível numa instabilidade política que ainda existe. Portanto, não vai ser possível fazer aquilo que é necessário. Contudo, vamos fazer o mínimo necessário para que se ganhe tempo para ser feito o que precisa. Tudo dentro de uma realidade objetiva do Brasil. Adequar à nossa realidade.

B. News: E no que se refere à reforma trabalhista?

Ricardo Alban: Nós não podemos ter no Brasil uma realidade tão diferente de todo o mundo. Vou dizer algo que tem muita gente dizendo agora: os EUA estão passando por tanto problemas e lá não tem férias, direitos trabalhistas comprometidos, além de outras questões, mas porque tem tanto brasileiro querendo ir para lá trabalhar? Não são estes tipos de arcabouços que vão resolver os problemas de consumo e do poder aquisitivo das pessoas. Os trabalhadores precisam receber mais e com maior produtividade. Hoje nós temos um arcabouço trabalhista que tem muito mais ônus para a mão de obra do que receita para quem de fato recebe. Isso, no geral, não estou falando funcionários públicos e de poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, mas os trabalhadores da iniciativa privada têm a maior parte do ônus indireto para bancar uma estrutura ineficiente. O que nós temos que fazer é buscar o melhor resultado. É desmistificar esta relação capital e trabalho. Não se pode ter um conceito que existia há 50 anos onde todo trabalhador era hipossuficiente. Não estou falando em tirar direitos adquiridos, mas pense em qual o empresário, até o microempreendedor, que não pensa duas vezes antes de contratar um funcionário. As decisões (da Justiça do Trabalho) ainda não estão parametrizadas. Não estou dizendo que a Justiça do Trabalho não tem um trabalho a cumprir, mas existem tantas dispersões que têm um custo enorme. Isso vira uma indústria da reclamação, nós precisamos desmistificar isso para que esta relação capital / trabalho seja mais fluída e, para isso, para iniciar um processo de convergências, porque sabemos que mudanças não podem ser tão radicais, é na prevalência do negociado sobre o legislado. A possibilidade de negociação e atrelar o salário ao trabalho maior ou menor. Nos EUA e na Europa não tem nada disso. São fatos, nós não podemos ter no país uma situação em que a soma de todas as causas trabalhistas no mundo é menor que a do Brasil. Isso denota algum equívoco. Nós não somos o único país em desenvolvimento.

B.News: Quem é que ganha com a estrutura atual?

Ricardo Alban: Com certeza não é o trabalhador. Não se vê empresário querer perder um bom funcionário. A empresa também não ganha. Você não vê o bom trabalhador ficar mudando de emprego e fazendo a indústria do seguro-desemprego. A quantidade de grandes, médias e pequenas empresas nas quais o empreender fica podado por ter um débito que não consegue resolver por conta da situação com pendências trabalhistas. Lógico que sabem que existem os bons e os ruins empresários e trabalhadores, mas essa não é a exceção que comprova a regra.

B.News: Mudando um pouco o foco, como é que está a situação da indústria na Bahia?

Ricardo Alban: Mal! Nós temos fatores sazonais, mas é algo que nos preocupa. Já fizemos uma série de agendas com o governo, pois os primeiros números dos dois primeiros meses do ano nos assustam. Temos explicações para minimizá-los, mas acende o sinal amarelo quase vermelho. A indústria na Bahia, em janeiro de 2017, comparada com janeiro de 2016, teve uma queda de 15,5% em produção. No primeiro bimestre deste ano, comparado com 2016, a indústria de transformação na Bahia caiu 6,3%. No Brasil, a queda foi de 5,2% e a Bahia só não foi pior que o Amazonas, que caiu 8%. Algumas explicações podem ser dadas. A parada da refinaria, mas mesmo assim não dá para dizer que é a explicação de todo esse percentual. A Ford, no ano passado, reduziu um turno no final de fevereiro para o início de março e este ano tirou o turno desde o início, sem contar com as férias coletivas que tem um peso grande. Tivemos perdas significativas na indústria da informática e mineração. Nestas duas, não existe esta sazonalidade que justifique. O bom é sempre olhar os últimos 12 meses. Existe claramente uma mudança de tendência de recuperação. Considerando que nós temos todo um setor da indústria que é o das energias renováveis que pelo momento que está se passando com falta de linhas de transmissões, faltas dos leilões de energia eólica que não ocorreram no final do ano e nem no início deste ano também poderão não ajudar este setor.

B.News: Tanto na eólica quanto na solar, a Bahia tem um potencial enorme na mesma região?

Ricardo Alban: Nós temos estes problemas de linhas de transmissão e dos leilões, além de licenciamentos e recursos. Somado a isso, existe uma tese de que no Brasil existiria uma sobra de energia que não é tão verdade. A bandeira vermelha já está voltando. Eu acredito que isto vai forçar a volta dos leilões de energias renováveis. O grande problema é que estes ciclos de baixas e problemas fiscais estão fazendo com que toda a indústria que não é a que vai produzir a energia, mas a responsável pela produção da torre, da ventoinha, das pás já reduziu bastante a sua produção e a Bahia, onde existe a verticalização desde a pá, da torre, do gerador até a geração de energia, sendo a cadeia produtiva mais completa, deverá sofrer negativamente. Nós nos preocupamos que poderemos ter uma redução da atividade industrial maior que a média nacional novamente.

B. News: Mas o que pode ser feito para mudar a curva?

Ricardo Alban: Mesmo que estejamos trabalhando pró-ativamente, existe todo um contexto macroeconômico que não deve ajudar. Ao contrário do que vai acontecer com a agricultura este ano. Este segmento, mesmo com toda a seca, a nossa região com maior produção terá uma safra muito boa que já está garantida.

B. News: Quando se fala em agricultura e oeste baiano, é inevitável não falarmos da Fiol e do Porto Sul que ainda não saíram. Estes sucessivos atrasos comprometem o desenvolvimento do estado?

Ricardo Alban: Mas ai já era verdade no ano passado (o atraso nas obras). Portanto, como base comparativa não há interferência direta. No médio e longo prazo são custos que poderiam estar mitigados, mas se temos um problema de orçamento que foi contingenciado em R$ 45 bilhões precisamos lidar com isso. Uma série de setores tiveram redução de orçamento, todas as emendas de bancadas foram contingenciadas. Então, estes recursos todos vão continuar sendo atrasados por um problema fiscal. Nós temos ainda uma condição macroeconômica que não permite gerar segurança e confiança para os investimentos econômicos ou jurídico.

B.News: O senhor fala em reformas e da necessidade de fazê-las com urgência, mas a principal queixa de quem se coloca contra as mudanças é que não houve discussão com a sociedade, com os sindicatos, inclusive os patronais, mas, sobretudo, que não há diálogo mesmo que possa construir uma proposta democrática.

Ricardo Alban: Isso é uma verdade. Até porque é algo que nós reclamamos quando falamos de reforma tributária. O tempo conspira contra a economia brasileira e contra sociedade brasileira, não significa que os fins justificam os meios, mas nós temos que encontrar uma maneira mais eficiente, dentro de uma realidade democrática que vivemos para estas reformas. Não podemos deixar de considerar que temos um ambiente político que dificulta muito a discussão sem a passionalidade política. A discussão tem que ser em prol da sociedade brasileira e não em função de um embate político. Lembrando que o tempo conspira contra o nosso desenvolvimento econômico e social. Já é a maior crise econômica da história brasileira. Em dois anos é uma queda exponencial de 8% e isso não aconteceu na história do Brasil. Em 2017 já se fez uma revisão para baixo do crescimento e no passado começou assim e não houve reversão. Nós precisamos reverter as expectativas. Planejar significa tempo. A indústria, principalmente, precisa de tempo para planejar. Nós precisamos pensar no país com mais seriedade e pragmatismos de modo a fazê-lo crescer.

B. News: Alban, como está a relação institucional com o ex-governador Jaques Wagner, que assumiu a Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia. A pasta tem uma interface direta com a Fieb?

Ricardo Alban: A relação institucional tem que ser a de manter portas abertas e buscar o diálogo para ter o melhor resultado possível. Não significa que não existam divergências. Mas a relação é bastante produtiva. Nós estamos com uma agenda bastante produtiva. A nossa ideia é sermos pró-ativos. Tivemos com os secretários Wagner e Manoel Vitório (Fazenda) para discutir alguns pontos a exemplo de como aumentar a sinergia entre o governo estadual e a indústria e o comércio baiano, pois o poder de compra do governo é muito grande. Logicamente dentro das demandas governamentais. Estas conversas estão evoluindo e em breve devemos ter um projeto no qual possamos maximizar a capacidade de compra e de investimento do Estado com o potencial de venda e de suprimento da indústria e do comércio baiano. Isso de uma forma legal. Podemos estimular mais estas atividades. Temos também montada uma agenda com a prefeitura de Salvador onde temos conversado com o prefeito ACM Neto e com o secretário Guilherme Bellintani, principalmente, na área de cosmético e vestuário. Para junto com eles tratar de ações que possam desenvolver esta indústria que é possível numa região metropolitana.

B. News: E o Polo Petroquímico de Camaçari como zona industrial, como está?

Ricardo Alban: Ao longo deste período de crise, nós perdemos algumas oportunidades na Bahia e não apenas com a guerra fiscal. No Nordeste, apesar de sermos a passagem, outros estados estão melhor posicionados para o processo de atendimento de demanda regional. Nós estamos no extremo sul do Nordeste. Então, a guerra fiscal é um instrumento que se tornou comum e por isso já não é mais o grande diferencial para se tomar uma decisão de investimento. Outros aspectos como: estar próximo a matéria-prima e a logística ganharam força. Neste sentido, é necessário criar condições para que possamos ter variáveis não só para fazer nossa indústria crescer como também para fazer que seja um novo polo de atuação também pelo aspecto tecnológico.

B. News: O Cimatec Industrial vai ser instalado em Camaçari?

Ricardo Alban: Nós pensamos que já que temos o Cimatec Industrial, que é um hoje um centro de tecnologia reconhecido internacionalmente e um dos melhores do Brasil. 47% de todos os recursos da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) são captados via Cimatec para as indústrias do Brasil inteiro. Temos os grandes players da indústria nacional tendo demandas aqui e como o Cimatec está dentro de uma área urbana nós precisamos de espaço para fazer, por exemplo, as plantas pilotos. Estamos perdendo a oportunidade de estimular e incentivar este setor e agregar valor à nossa economia. Portanto, precisávamos de um espaço maior. Nós temos a maior cadeia verticalizada de energias renováveis. O ministério de Ciência e Tecnologia tem um orçamento de R$ 400 milhões para criar os institutos da energia eólica, embora os recursos não estejam disponíveis este ano, nós nos capacitamos para pegar laboratórios equivalentes a 50% deste orçamento e estamos “brigando” para isso. A Bahia, hoje, em projetos, já funcionando e em execução tem o maior parque eólico do Brasil. Em funcionamento ainda é o Rio Grande do Norte, mas em execução somos o maior seguidos pelo Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. Para nos capacitar para este orçamento, temos que ter algo a apresentar. Nós já temos um centro tecnológico mas não temos onde instalá-lo. Tudo que envolve energias renováveis, ocupa espaços físicos maiores. Isto (o tamanho e recursos) faz com que o parque seja multiuso. Nós temos aqui também uma indústria automobilística que é a Ford - nós já perdemos a Fiat para Pernambuco, obviamente que não acho que devemos deixar de estimular a economia nas regiões, se não seriamos incoerentes quando pedimos para o Governo Federal olhar o Nordeste – mas aqui precisamos criar as variáveis. Se nós tivéssemos alguns laboratórios da indústria automobilística fora o Cimatec, seria vantajoso. Um novo ciclo da economia deste setor - é bom lembrar que em 2012 batemos o recorde na produção de carros – vai acontecer e precisamos estar preparados. Precisamos agora de uma pista de teste, por exemplo. Todos os carros que chegam aqui são testados fora do país por falta desta pista. É preciso ter uma pista com 2 km de linha reta e outras especificidades. Ou tem a pista própria ou tem que parar uma avenida para fazer o teste o que traz todo um custo adicional. O Cimatec Industrial também prevê a criação deste centro. A pista será multiuso, também pode servir também à Aeronáutica. O Brasil vai receber os caças suecos. Está prevista a transferência de tecnologia que será diversificada não ficando restrita ao ITA. Nós queremos ser um dos campos de tecnologia para absorver esta inovação.

B. News: Como financiará este projeto?

Ricardo Alban: É um esforço múltiplo de todos os agentes envolvidos. Governos federal e estadual, prefeituras, Fieb e indústrias. O dinheiro da Ciência e Tecnologia está em óleo e gás, que já estamos capacitados com o supercomputador, nós estamos discutindo junto com o campo de Libra, que é o maior campo de petróleo do mundo do pré-sal, onde existem a Shell, a Petrobras, a Total e mais duas empresas chinesas. Um consórcio entre empresas que estão buscando também outros espaços para apoio tecnológico. Nós já temos um supercomputador, temos o segundo da Fiocruz que é relativamente menor, estamos licitando o terceiro que é com recurso da Finep, estamos negociando um possível quarto com esta parceria com o grupo de Libra. Teremos um grande centro de computação que é importantíssimo para esta área de petróleo criando uma rede para trabalhar em todo segmento que requer tecnologia. Este segmento de óleo e gás já está quase que completo. Ao mesmo tempo, a CNI com um empréstimo de quase R$ 1,5 bilhão que tomou do BNDES há cerca de três anos para projetos de institutos de inovação e tecnologias e o nosso é o de logística, que requer espaço. Este também exige um espaço maior. Uma combinação de fatores: óleo e gás, indústria automobilística, energias renováveis e logísticas justificam ter um espaço industrial para fazer isso tudo.

B.News: Como fazer isso?

Ricardo Alban: O grande problema de centros de tecnologias é a sustentabilidade. O dado histórico do mundo inteiro é que só se consegue ter a sustentabilidade de 1/3 de grandes centros de pesquisas. Um 1/3 é de receita do centro de pesquisa, 1/3 é de suporte governamental e o último é de vende a patronos. O nosso Cimatec começou devagar, nós temos uma verdadeira neurose com sustentabilidade, os recursos do Senai são para treinamento de mão de obra, são formação e capacitação de mão de obra. Nós temos, 78% de sustentabilidade. É acima de qualquer média mundial. Isso é reconhecido por todos os centros de pesquisas. Os projetos financiam e com o conceito de administração privada. A grande diferença que se vê no Cimatec é não se vê em centros de pesquisas gente. Você vê quase uma coisa fúnebre. Não sente efervescente. O Cimatec é vivo. A inteiração é quente, viva. Nossos funcionários, mestres, interagem. É por isso que nós temos hoje no Cimatec, o conceito da economia desenvolvida na qual 80% dos seus mestres e doutores vão para a ciência aplicada. 20% vão para a cátedra. Isso muda tudo.

B.News: Como se chegou ao local para instalação?

Ricardo Alban: Apresentamos tudo isso e compramos a área que seria da JAC Motors.

B. News: Compraram ou foi doada?

Ricardo Alban: Compramos, pois temos mais autonomia para trabalhar. Agora, compramos por um valor simbólico que seria o mesmo proposto para a Jac Motors. Foi adquirido por R$ 6 milhões na época. O valor já mudou hoje, pois a Sudic já atualizou a área para fins de interesse público. São 4 milhões de m². O governo estadual se sensibilizou com a apresentação dos projetos e da viabilidade dele, portanto, é parceiro desde a sua origem. Com isso, vamos buscar os recursos. Já tem um platô que estamos recuperando para instalação da primeira etapa. Naquele pacote do BNDES, nós conseguimos R$ 48 milhões e com o apoio da CNI outros R$ 32 milhões. São recursos de investimentos diferentes dos das nossas premissas que são destinados à capacitação profissional. Estes recursos são para iniciar o Cimatec Industrial. Estamos construindo sete galpões. Fazendo a parte de toda a infraestrutura básica para ocupar 60 mil m² deste platô. Este é um projeto de no mínimo 20 anos e que todo o desenvolvimento vai ser com a captação de projetos com recursos específicos para cada setor.

B. News: Começa quando?

Ricardo Alban: A obra já foi licitada, uma concorrência de R$ 32 milhões, para a parte de infraestrutura e galpões e deveremos estar certamente no início de maio começando as obras. Devemos fazer o lançamento da pedra fundamental. A construtora será a MN. A primeira etapa está prevista para estar pronta no segundo semestre do ano que vem.

Classificação Indicativa: Livre

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