Saúde
Publicado em 28/01/2020, às 05h00 Márcia Guimarães
Apertar ou ranger os dentes são hábitos muito comuns, no entanto, eles podem causar uma série de problemas: dores articulares na mandíbula, fratura dentária e alteração na mordida, entre outros males. Jovens do sexo feminino, entre 21 a 30 anos, são as mais afetadas pelos hábitos parafuncionais. No entanto, o stress e a ansiedade têm feito com que pessoas de diversas idades, inclusive homens, apresentem cada vez mais esse problema na estrutura da boca. Para esclarecer o assunto, o BNews convidou o dentista Felipe Queiroz, especialista em Reabilitação Oral. Confira a entrevista:
BNews - O que são hábitos parafuncionais?
Felipe Queiroz - São hábitos repetitivos involuntários que não se relacionam às nossas funções normais, tais como: apertamento dentário e ranger os dentes.
BNews - Quais as consequências destes hábitos?
Felipe Queiroz - Algumas consequências são: desgaste dentário, fratura dentária, alteração de mordida, dores articulares na mandíbula, dores musculares na face e dores de cabeça. Algumas dores articulares também podem ser confundidas com dores no ouvido, por isso é necessário que haja uma avaliação multidisciplinar.
BNews - Quem são as pessoas mais afetadas?
Felipe Queiroz - Estudos demonstram uma maior incidência na faixa etária de 21 a 30 anos, com predominância do sexo feminino.
BNews - As causas desses hábitos estão relacionadas à alguma doença?
Felipe Queiroz - O stress e a ansiedade podem potencializar os hábitos parafuncionais.
BNews - Qual a relação entre hábitos parafuncionais e dores, a exemplo das dores de cabeça?
Felipe Queiroz - Os hábitos parafuncionais podem ter relação com muitos tipos de dores de cabeça devido à tensão muscular gerada com a atividade excessiva dos movimentos involuntários.
BNews - Há o risco de deixar sequelas?
Felipe Queiroz – Sim. Caso não tratados, podem gerar problemas mais complexos como transtornos psicológicos, a exemplo da depressão, e alterações articulares na mandíbula, levando, inclusive, a dificuldades na mastigação. Em alguns casos, pode haver a necessidade de cirurgia.
BNews - O que fazer para resolver o problema?
Felipe Queiroz - Buscar um tratamento especializado. Pode ser necessário que o paciente seja avaliado por profissionais de diferentes especialidades, como: dentista, médico otorrinolaringologista, cirurgião maxilo-facial, psicólogo, fisioterapeuta e fonoaudiólogo.
BNews - É um tratamento de alto custo?
Felipe Queiroz – Normalmente, não é um tratamento de alto custo quando tratado no início. Quanto mais complexo o tratamento, maior o seu custo.
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