Polícia
Publicado em 27/07/2021, às 12h53 Nilson Marinho e Marcos Maia
O Estado da Bahia deve abrir uma licitação para aquisição de câmeras a serem utilizadas acopladas nos uniformes de agentes das polícias militar e civil durante operações dentro de no máximo dois meses.
A informação foi compartilhada pelo secretário de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), Ricardo Mandarino, na manhã desta terça-feira (27).
O titular da pasta afirma que o equipamento deve ser implementado na rotina das instituições entre o final deste ano e o início de 2022. Em entrevista ao BNews, Mandarino falou sobre a letalidade da polícia na Bahia e sobre os benefícios da tecnologia.
"Não acredito que a Bahia tenha o maior índice de letalidade policial. Não vejo isso, não sei como eles calculam. Agora, garanto uma coisa a você: Neste ano, de uns 10 meses para cá, caiu muito o índice de mortalidade de operações policiais. Não estamos mais adotando a prática de invadir bairros", disse.
O secretário acrescenta que a prática foi substituída pela realização de blitz, para apreensão de armas e drogas. Mandarino acredita que os resultados tendem a melhorar ainda mais quando o Estado adquirir as câmeras portáteis, acopláveis ao uniforme das forças de segurança.
O equipamento registra intervenções policiais em áudio e vídeo. Com o uso da tecnologia, em seu primeiro mês de uso, São Paulo atingiu o menor índice de letalidade policial em oito anos no início de julho. Uma equipe da SSP-BA esteve no Estado para observar como o sistema tem funcionado por lá.
"Vai proteger o policial contra acusações de abuso e dará segurança à população de que ela não será abordada indevidamente. Vai ser bom para todo mundo. Estamos terminando os estudos para abrir a licitação destas câmeras", afirmou Mandarino.
Ainda não há um prazo definido para a abertura do certame, que pode ser instaurado em "um ou dois meses". Ainda sobre a substituição da blitz pela invasão aos bairros, o secretário avaliou que a medida tem colaborado para evitar a morte de inocentes - seja nas comunidades ou dentro das corporações.
"As maiores vítimas desses confrontos são os policiais e os traficantes. [...] Garanto a vocês que um jovem daqueles jamais gostaria de ser traficante. A maioria deles não passa dos 24 anos. [...] Ninguém nasce com essa intenção. Não é projeto de vida de ninguém", opinou.
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