Feriado / 2 de Julho

Wagner avalia que atos pró-Moro foram "fracos" e diz que ex-juiz da Lava Jato "meteu o pé na jaca"

Vagner Souza / BNews
Para o senador, Moro cometeu excessos quando atuava como juiz da Operação pela 13ª Vara Federal de Curitiba  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza / BNews

Publicado em 02/07/2019, às 09h00   Eliezer Santos e Marcos Maia



O senador Jaques Wagner avaliou as manifestações de apoio ao ministro da Justiça Sergio Moro no último domingo (30) como “fracas”. “Achei o apoio extremamente fraco, mas evidentemente que ele tem torcedores. O trabalho que ele fez é um trabalho importante, mas que ele meteu o pé na jaca”, disse ao BNews durante o cortejo do 2 de julho nesta terça (2).

Moro, deve participar de uma audiência nesta terça-feira (2) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados para explicar as mensagens atribuídas a ele em conversas com procuradores da Operação Lava Jato e publicadas pelo site The Intercept Brasil.

Para Wagner, Moro cometeu excessos quando atuava como juiz da Operação pela 13ª Vara Federal de Curitiba. O petista também acredita que o trabalho conduzido pelo atual ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PSL) nos seus anos de magistratura “começou bem”, mas acabou sendo prejudicada pela na medida em que a operação ganhou notoriedade.

“Ninguém aqui está querendo encobertar corrupção. Agora, não quer dizer que você vai ultrapassar todos os limites da legalidade em busca de esclarecimento. Acho que a coisa começou bem. Talvez a verdade é que a fama que ele ganhou acabou subindo à cabeça e ele perdeu completamente os parâmetros”, disse.

Wagner acrescenta que os procuradores da Lava Jato também concordariam com esta avaliação, em referência às novas informações publicadas pelo The Intercept Brasil na madrugada do último domingo (30).

Novos trechos do material obtido pelo site revelam que integrantes da Lava Lato avaliavam que algumas das atitudes de Moro representavam violações éticas ao sistema acusatório. Da mesma maneira, os procuradores temiam que o ingresso do magistrado no governo Bolsonaro poderia legitimar críticas quanto a parcialidade da operação.

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