Feriado / 2 de Julho

Dois de Julho: 4 curiosidades sobre a independência da Bahia

Lucas Moura/Secom PMS
Batalha vencida em 2 de julho de 1823 pelas tropas baianas marca início da expulsão definitiva de Portugal  |   Bnews - Divulgação Lucas Moura/Secom PMS

Publicado em 02/07/2022, às 05h15   Juliana Barbosa


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O 2 de Julho marcou o povo baiano na história do Brasil, e revelou grandes heróis e heroínas, como Joana Angélica, Maria Quitéria, Maria Filipa, Corneteiro Lopes, entre outros. Mas será que você sabe tudo sobre a Independência da Bahia?

As celebrações comemoram o início da separação definitiva do Brasil do domínio de Portugal pelas tropas do Exército e da Marinha Brasileira, em 1823, em solo baiano. Ocorrida um ano depois da independência oficial do Brasil, proclamada por Dom Pedro I, a revolução foi essencial para expulsar as tropas portuguesas que insistiam em ocupar algumas províncias brasileiras mesmo após a emancipação.

Nossa equipe conversou com especialistas no assunto! O professor da Universidade Federal do Oeste da Bahia, Pablo Magalhães e o professor e ex-Coordenador Geral do Turismo Cultural, Histórico e Religioso do Estado da Bahia, Rafael Dantas para trazer curiosidades sobre a data!

Confira abaixo:

  •  Uma guerra do interior contra capital:

O professor Pablo Iglesias explica que o recôncavo baiano cercou Salvador e a capital foi derrotada: "A cidade não consegue acessar recursos para sobrevivência: a estrada, a saída de Salvador, a estrada das boiadas, foi interditada, por isso o acampamento Pirajá, cerca a cidade, e a única saída era pelo mar. E no caso de 1823, teve a batalha de Itaparica em 7 de janeiro que limitou o acesso dos portugueses por mantimentos no recôncavo baiano. Essa estratégia de cercar a capital funcionou bem ao longo da história.

  • A independência inicia o processo de interiorização da imprensa no Brasil

A primeira cidade interiorana a receber uma tipografia foi a vila de Cachoeira. "Na época, em março de 1823 começa a imprimir um jornal pró-independência que vai assinalar um momento importância da história da imprensa no Brasil.”, ressalta o professor Pablo.

  • Mudança do cortejo

De acordo com o historiador Rafael Dantas, o início das festividades do dois de julho são ligadas aos espaços em que o exército pacificador entrou na cidade: Caminho das estradas da boiada, passando pela Liberdade, Soledade, Lapinha, Carmo, Tabuão, Pelourinho, Terreiro de Jesus, e posteriormente, praça Municipal. Esse percurso vai ser prolongado do decorrer do século XIX e início do século XX especialmente com a construção do monumento ao Dois de julho na praça do Campo grande e da Av. Sete de setembro.

  • Caboclo e a Cabocla

Além de serem símbolos e representantes dos habitantes e participantes das camadas menos favorecidas no processo de independência da Bahia, temos outro contexto também que é o Caboclo enquanto uma representação estética religiosa, principalmente para comunidades de matriz africana. “O caboclo representa um personagem híbrido, que evidentemente é interpretado das mais diversas formas, não só nas festividades, mas ao longo desses anos”, explica Rafael Dantas.

Leia também: 2 de Julho: Programação completa dos festejos de Salvador em 2022 é divulgada; veja horários

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