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Massa de manobra

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No artigo desta semana, ele analisa o cenário eleitoral na Bahia, citando a senadora Lídice da Mata e o governador Rui Costa  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 04/06/2018, às 11h54   José Medrado


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Nesta manhã de segunda-feira (4), lendo aqui no BNews a manifestação de Lídice da Mata, afirmando que nada sabia sobre a já feita composição da chapa de Rui Costa, independentemente deste jogo de bastidores, que sabemos existente, por todos os lados, no tal computar lealdade, submissão, força de voto e por aí vai... Tudo ainda muito presente na nossa política... Chamou-me, no entanto, a atenção a manifestação de um leitor da mesma notícia, Motta Márcio, quando exara: "foi oferecido à senadora até mesmo um mandato de deputada estadual". Eu achava que para ser deputado (a) tinha que a população votar, mas segundo essa matéria, virou um cargo político, de livre nomeação do gestor, coitada de Lídice, falam tanto em golpe, mas Ruy Encosta (sic) nunca vai lhe perduar (sic) pelo que você falou em 2014”. 

Detive-me, por realçar importante no aspecto que o leitor reage ao afirmar que achava que para ser deputado(a) tinha que a população votar... O lembrado a mim evidenciou que o povo já começa a se dar conta que o importante nesses acertos  de gabinete, esquadrinhados não em cima de projetos de luta, de ações que venham ao encontro das demandas populares, mas nos compadrios e “força”  dos interesses. Não falo aqui em defesa desta ou daquele candidato, de forma alguma, mas dá satisfação de ter lido o que Motta escreveu, repito: evidenciado a sua percepção de uma certa arrogância do poder.

É alvissareiro perceber que aqui e ali, alguém já se insurge contra a conhecida massa de manobra, onde um grupo de pessoas que são motivadas por uma opinião e ou ideologia pré-formada por interesses, alguns inconfessáveis, perfiladas por associações políticas, de mídia, ou mesmo religiões, a fim de influenciar condução para onde eles quiserem, à semelhança de gado tangido.

Precisamos, sim, ser críticos, perceptivos e alinhados ao que o sociólogo Pierre Félix Bourdieu vaticina: "não há democracia efetiva sem um verdadeiro crítico". E, ajusto: pois só assim passaremos a mensagem aos senhores que buscam em nós os seus empregos ou renovação deles, que seus empregadores estamos atentos e querendo, mais do que nunca, ver curriculum e propostas, caso contrário serão desempregados.

* José Medrado é líder espírita, fundador da Cidade da Luz, palestrante espírita e mestre em Família pela UCSal.

Classificação Indicativa: Livre

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