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Comunidades do semiárido baiano recebem mais de R$ 2 milhões para preservação da Caatinga

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O investimento foi feito por meio do projeto Pró-Semiárido do Governo do Estado  |   Bnews - Divulgação Divulgação/SDR

Publicado em 20/07/2021, às 08h00   Redação BNews


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Comunidades tradicionais de fundo de pasto de 13 municípios do semiárido baiano receberam mais de R$2 milhões em ações para implementação de atividades e tecnologias que assegurem o uso racional da água, da biomassa e da energia gerada a partir da lenha de mata nativa. O investimento foi feito por meio do projeto Pró-Semiárido do Governo do Estado. 

“Estamos introduzindo ações para que as famílias possam gerar renda além da pecuária, utilizando a Caatinga em pé como é o caso da apicultura e da meliponicultora. Então, este trabalho de recaatingamento é muito interessante e nos remete à preservação e recuperação de um bioma muito importante e de uma riqueza muito grande”, explica o subcoordenador do Capital Produtivo e de Mercados do Pró-Semiárido, Carlos Henrique Ramos.

De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), além das atividades de formação dos agricultores sobre o uso da Caatinga, estão sendo separadas e cercadas 20 áreas de 50 hectares cada, para recuperação da mata nativa e introdução de mudas de espécies em extinção. Outra ação está relacionada ao conjunto de tecnologias que estão sendo implantadas nas comunidades rurais. A ação é executada em parceria com o Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (Irpaa).

Carlos Henrique ressalta que o Pró-Semiárido tem o compromisso de atuar nas mudanças climáticas, tornar mais resilientes os agroecossistemas com o trabalho do recaatingamento, no sentido de incorporar tecnologias que possam ajudar na energia, por exemplo, como biodigestores, fogões ecológicos, placas de energia solar. Ele destaca também a atuação com a gestão da água, a exemplo do sistema de reuso de água cinza e de resíduos totais. “Além disso, nós temos também a introdução de viveiros para que possamos reproduzir mudas para enriquecimento das propriedades e agroecossitemas com plantas nativas, no sentido também da geração de renda futura”, afirma.

Dentro do recaatingamento, está prevista a construção de, pelo menos, 270 fogões ecológicos. Destes, seis já foram instalados no município de Remanso.

O técnico do Irpaa, Alan Duque, que faz o acompanhamento das famílias, com a construção do fogão, destaca a importância da iniciativa: “A construção desta tecnologia, tão importante, possibilita a melhoria na qualidade de vida das famílias do território, além de ser uma ação de preservação do meio ambiente.

Uma outra tecnologia que já está implantada em algumas comunidades e tem assegurado que as famílias tenham condição de manter seus quintais e fazer a melhor gestão da água é a bioágua – um sistema de reúso de águas cinzas (águas utilizadas nas pias da cozinha e banheiro e do chuveiro). 

A agricultora Soliane Missarele Castro Silva, da comunidade Deodato, município de Casa Nova, conta como a tecnologia mudou a vida da sua família. “O bioágua foi muito importante, pois aqui não tem muita água e eu estou tendo um grande reaproveitamento. Com o bioágua eu irrigo as minhas fruteiras, mandioca e as palmas. E o que mudou com isso é porque a gente não está mais comprando as frutas cheias de agrotóxico e eu retiro diretamente da minha horta tudo diretamente pra casa por isso eu estou tendo um grande reaproveito”.

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