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Agronegócio deve responder por metade da alta do PIB de 2023

Divulgação/Confederação Nacional da Agropecuária
As projeções de mercado coletadas pelo Banco Central apontam hoje um crescimento de 4,1% da agropecuária e do agronegócio  |   Bnews - Divulgação Divulgação/Confederação Nacional da Agropecuária

Publicado em 23/12/2022, às 19h48   Camila Vieira


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Pelo menos 75% do modesto crescimento previsto para o Produto Interno Bruto (PIB) do ano que vem dever vir da agropecuária. O prognóstico se baseia na perspectiva de não repetição das adversidades climáticas que comprometeram as lavouras neste ano, o que deve confirmar um novo recorde na safra de grãos, em especial da soja.

As projeções de mercado coletadas pelo Banco Central (BC), divulgadas no boletim Focus, apontam hoje um crescimento de 4,1% da agropecuária no ano que vem. Se confirmado o prognóstico, o setor, que, conforme as projeções, deve terminar 2022 praticamente empatado com 2021, ganharia tração e marcaria o maior crescimento entre os componentes do PIB pela ótica da oferta.

Um outro fator importante é o relaxamento das restrições à mobilidade da política de covid zero na China que abre um cenário menos nebuloso ao comércio internacional, apesar da conjuntura difícil em função da guerra na Ucrânia e do risco de recessão tanto nos Estados Unidos quanto na Europa.

“O crescimento global mais fraco pode afetar as exportações, mas os alimentos sofrem menos por sua essencialidade, que assegura uma demanda cativa no exterior, além da possibilidade de uma maior reabertura na China”, comenta Flávio Serrano, economista da BlueLine, para quem o agronegócio pode ajudar a “salvar” o que poderiam ser três trimestres consecutivos de retração do PIB.

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