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Agronegócio francês dificulta acordo entre Mercosul e União Europeia, afirma Lula

Rovena Rosa/Agência Brasil
Para Lula, o “início de contrariedade” estaria associado à pressão de parlamentares ligados ao agronegócio sob o presidente da França  |   Bnews - Divulgação Rovena Rosa/Agência Brasil

Publicado em 25/06/2023, às 14h53   Cadastrado por Beatriz Araújo


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O setor do agronegócio na França estaria se mostrando contrário à assinatura do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, negociado há 24 anos. De acordo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), este é o “principal problema” na relação entre os países, no momento. As informações são do Estadão. Ainda segundo o chefe do Executivo Nacional, diante deste cenário, cai a possibilidade de fechamento do acordo em razão de setores econômicos considerados “essenciais”.

Para Lula, o “início de contrariedade” estaria associado à pressão feita por parlamentares ligados ao agronegócio sob o presidente da França, Emmanuel Macron. Pouco antes de o petista visitar Paris oficialmente, a assembleia francesa já havia aprovado por unanimidade um veto político à assinatura do acordo.

Antes de retornar ao Brasil, Lula chegou a declarar em entrevista que “Macron tem dificuldades no Congresso”. Na ocasião, o presidente afirmou, ainda que “se a gente puder conversar com os amigos mais à esquerda para ajudar que seja assinado o acordo, nós vamos fazer”.

Apesar de Macron ter negado a existência de um tema proibido nas tratativas, o petista considerou difícil a possibilidade de uma inflexão e chegou a se queixar de “protecionismo” contra países em desenvolvimento. Lula, no entanto, continua negando veementemente a abertura do mercado brasileiro de aquisições públicas para fornecedores estrangeiros.

“Acho normal que a França tente defender sua agricultura, pode ser um ponto de mais dificuldade. Mas o Brasil não pode abrir mão das suas compras governamentais, porque se eu destacar para eles as compras governamentais, a possibilidade de fortalecer a indústria normal chega a zero”, afirmou o presidente.

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