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Com a disparada dos preços do azeite de oliva nos últimos meses, a preocupação com a qualidade do produto ganha destaque. Este cenário traz à tona a importância da fiscalização rigorosa dos auditores fiscais federais agropecuários para garantir que o consumidor tenha acesso a um azeite genuíno e de qualidade, além de proteger o setor contra fraudes e falsificações. O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) alerta para alguns cuidados que devem ser tomados na hora da compra.
O Dia Mundial da Oliveira, celebrado nesta terça-feira (26), é sempre uma oportunidade para discutir não apenas a importância da produção sustentável, mas também a transparência na cadeia produtiva, que começa no olival e chega à mesa do consumidor. A data foi reconhecida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em 2019.
O azeite é o segundo produto alimentar mais fraudado do mundo, ficando atrás apenas do pescado. Para coibir a prática e evitar falsificações, fiscalizações são realizadas diariamente pelos auditores fiscais federais agropecuários, tanto no mercado interno, quanto na importação. Hoje, a produção nacional do azeite de oliva representa apenas 1% do consumo brasileiro. Por conta disso, o país é o segundo maior comprador mundial do produto.
As inspeções em supermercados e nas fábricas, além de análises físico-químicas e sensoriais nos laboratórios, levam em conta a vulnerabilidade do produto e o histórico de fraudes. Frequentemente, marcas são consideradas impróprias para consumo. Para evitar ser enganado, o Anffa Sindical alerta para alguns cuidados que devem ser tomados na hora da escolha do azeite.
É importante desconfiar de preços muito abaixo da média do mercado e sempre consultar a lista de produtos irregulares já apreendidos em ações do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Além disso, não comprar azeite a granel e optar por produtos com a data de envase mais recente também são boas opções para fugir de fraudes.
Segundo a auditora fiscal federal agropecuária Helena Pan Rugeri, que é coordenadora-geral de Qualidade Vegetal do Mapa, o consumidor deve estar atento ao rótulo, que contém lote, registro de importador, data de validade e os ingredientes utilizados. “Se, após adquirir o produto o consumidor estiver em dúvida, uma opção para identificar fraudes grosseiras é colocar uma pequena quantidade do azeite em um copinho e deixar de um dia para o outro na geladeira. Se houver óleo na mistura, ele não vai solidificar, continuará líquido. Se for azeite, ele se solidifica parcialmente”.
O Mapa conta com um espaço reservado para alertar aos consumidores sobre riscos relacionados aos produtos de origem vegetal. Lá, são publicadas as listas de marcas de azeite impróprias para o consumo.
Conservação e benefícios
Os três inimigos do azeite são o calor, a luz e o oxigênio. Por isso, ele deve ser conservado a uma temperatura entre 18 e 20 graus e sempre ser mantido bem fechado.
O azeite é rico em gorduras monoinsaturadas, ômega 9, vitaminas, minerais, antioxidantes e propriedades anti-inflamatórias. O produto previne doenças cardiovasculares e é capaz de reduzir o colesterol. Seja para o preparo de pratos quentes, saladas ou até doces, o importante é ficar de olho nas recomendações para adquirir um produto de qualidade.
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