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Família do sertão da Bahia investe no plantio da alfafa irrigada

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A produção forma mandalas gigantes em verde esmeralda, que são os destaques no pé da serra  |   Bnews - Divulgação Reprodução/YouTube

Publicado em 31/01/2023, às 18h05   Redação BNews


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A alfafa é uma planta originária da Ásia Central, considerada a “rainha das forrageiras”. Com poucos dados relacionados ao cultivo da leguminosa no Brasil, as últimas informações oficiais dão conta de que, em 2015, a área cultivada no Brasil era de 30 mil hectares, dos quais cerca de 90% no Paraná e no Rio Grande do Sul, sendo o estado gaúcho o maior produtor do país.

Em Irecê, a cerca de 470 Km de Salvador, há 20 anos o agricultor Arnaldo Dourado aposta no cultivo da alfafa irrigada. Em uma propriedade situada entre os municípios de Uibaí e Ibititá, o produtor destina 30 hectares para o cultivo da forrageira. A produção forma mandalas gigantes em verde esmeralda, que são os destaques no pé da serra, chegando a produzir duas toneladas por tarefa a cada corte, que acontece em um período de 35 dias.

“Nosso objetivo até o final do ano é chegar a 50 hectares” — Arnaldo Dourado, produtor de alfafa
Segundo reportagem do site Canal Rural, Arnaldo conta com a ajuda do filho, Miler Dourado Magalhães, para expandir os negócios da família, que cresce a cada ano e ganha novos mercados. “Hoje nossas áreas plantadas aqui são 30 hectares, divididas em várias etapas de 5 e 10 hectares. Nosso objetivo até o final do ano é chegar a 50 hectares. Já estamos com as áreas preparadas para isso, para iniciar o plantio agora no mês de abril”, conta o agricultor.

De acordo com informações do produtor rural, recentemente houve uma perda no corte da alfafa em decorrência das chuvas.

A fazenda conta com diversos maquinários e 15 funcionários. Segundo o produtor, todo o cuidado nas etapas do manejo garante o diferencial do produto, com o objetivo de preservar as características nutricionais da forrageira até chegar no cliente.

“A gente trabalha, geralmente, fazendo os cortes durante o dia. Corte e enleiramento feito pela manhã, que conserva o melhor teor de proteína e de vitaminas da alfafa e o processo de fenação é feito durante a noite, das 22h até 1h”, conta Miler. “É o momento que o teor de umidade está ideal, geralmente em torno de 15%. Eu e meu pai fazemos esse processo pra conservar melhor o fardo em termos de qualidade e para ter melhor rentabilidade da área.”

Entre os principais compradores da alfafa produzida na fazenda da família Dourado estão os criadores de animais de alto rendimento: cavalos para competição, como o manga-larga marchador e equinos para vaquejadas. As altas taxas de proteína presentes no feno é o diferencial do produto vendido para todo o Brasil. Em média, o fardo da alfafa de 10 a 12 quilos sai a R$ 25,00.

Os clientes estão nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Tocantins e Pará, mas o foco tem sido o próprio Nordeste, pois são os estados que mais consomem o produto.

Classificação Indicativa: Livre

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