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Publicado em 28/01/2022, às 17h57 Redação BNews
A Polícia Civil de São Paulo (PC-SP) prendeu Luiz Augusto Pinheiro de Souza, dono da fazenda Água Sumida, em Brotas, São Paulo, após denúncias de maus tratos a cerca de mil búfalos e cavalos no interior do estado. Souza estava foragido desde 19 de dezembro de 2021, quando a polícia pediu sua prisão preventiva.
Além do crime de maus tratos, ele também foi denunciado por ameaça, falsificação de documentos e falsidade ideológica. Ele negou as acusações no momento da prisão. Um policial militar da reserva também foi preso acusado de coagir, junto ao dono da fazenda, testemunhas e representante de ONG que conseguiu a guarda do terreno na Justiça. O PM trabalhava como segurança no local.
De acordo com a promotoria, o inquérito policial aponta que os maus tratos aos animais teriam começado em agosto de 2021 e terminado em novembro do mesmo ano. Nos autos do processo ainda consta que o fazendeiro teria deixado para morrer búfalos enterrados vivos. Além disso, a investigação dá conta de que os animais teriam sido privados de água e alimentos e tiveram exposição excessiva ao calor, o que levou a morte de centenas deles.
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A denúncia entende que o dono da fazenda teria agido de forma premeditada para obter vantagem pecuniária, pois teria perdido o interesse na atividade leiteira bubalina, que pode ser constatado na falta de estrutura necessária para o desenvolvimento dos negócios.
Dessa forma, Luiz Augusto teria negligenciado os cuidados com os animais para se dedicar em liberar espaço para o plantio de soja.
“Alguns foram enterrados vivos. Isso é muita crueldade. Ele poderia ter clocado em doação, alguém assumiria esses búfalos. E nós vivemos em um país que tem fome. Ele achou por bem abandonar mais de 900 animais”, disse a delegada Ivalda Aleixo, que coordenou as operações de busca.
Vale ressaltar que o dono da fazenda já havia sido multado em R$ 500 mil depois que mandou uma mensagem para prefeito de Brotas pedindo para expulsar as Organizações Não Governamentais (ONGs). Somado a isso, ele também foi multado em R$ 2,1 milhões pela Polícia Militar Ambiental e chegou a ser preso, mas foi solto após pagar fiança.
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