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Fretes do agronegócio estão entre os mais caros do país, aponta Fretebras

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O preço dos fretes do agronegócio aumentou 3,92%, enquanto o preço do diesel S500 subiu 53,11%  |   Bnews - Divulgação Arquivo/Agência Brasil

Publicado em 22/06/2022, às 15h10   Redação BNews


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O preço do frete rodoviário do agronegócio aumentou 3,92%, enquanto o preço do diesel S500 subiu 53,11%, entre maio de 2021 e maio de 2022. Os dados foram divulgados pelo Índice Fretebras do Preço do Frete (IFPF).

Com a nova alta de 14,26% anunciada em 17 de junho pela Petrobras, a expectativa da Fretebras é que os caminhoneiros autônomos intensifiquem as negociações dos fretes do setor, para tentar compensar a escalada no custo do transporte.

Considerando apenas o período de abril para maio de 2022, o diesel subiu 3,67% e o preço do frete teve alta de 0,98%. As regiões Sudeste e Sul apresentaram as maiores altas no frete rodoviário, de 7,20% e 4,10%, respectivamente, no comparativo anual. Dentre os Estados, se destacaram São Paulo, com aumento de 8,09% e Santa Catarina com 6,82%.

Uma enquete feita pela Fretebras com mais de 1.300 motoristas logo após o novo aumento do diesel mostra que 44,8% dos entrevistados pensam em deixar a profissão em breve devido ao aumento nos custos.

“Apesar das iniciativas do governo de gerar mudanças positivas neste cenário de diesel muito alto, como o teto do ICMS e a redução do gatilho nos ajustes da tabela de preço mínimo, a verdade é que o principal fator que influencia no valor dos fretes é a lei de oferta e demanda”, diz em nota da assessoria o diretor de Operações da Fretebras, Bruno Hacad.

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Segundo ele, se os caminhoneiros não aceitarem mais viajar a um preço que não compensa, o valor do frete vai aumentar. “Está nas mãos dos próprios caminhoneiros a força para influenciar o preço no curto prazo, mas para isso eles precisam saber calcular bem os custos do trajeto.”

O índice da Fretebras avalia três grandes setores que representam mais de 50% do PIB da economia brasileira: agronegócio, produtos industrializados e construção. Os fretes do agronegócio representam quase 40% de todas as cargas da plataforma. Entre maio de 2021 e maio de 2022, o maior aumento no preço do frete foi registrado na categoria de produtos industrializados (+4,17%), seguido por agronegócio (+3,92%) e construção (+1,31%).

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