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Presidente da Fieb, Ricardo Alban afirma que guerra na Ucrânia gera impactos diretos na Bahia

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Alban explica que o mundo tem uma interdependência econômica  |   Bnews - Divulgação Dinaldo Silva/BNews

Publicado em 03/03/2022, às 12h42   Victor Pinto


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O que a guerra na Ucrânia tem a ver com a economia baiana e a inflação no país? Presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Ricardo Alban explica que há muita coisa, principalmente levando em consideração a chamada agroindústria, que fornece e depende de uma série de materiais que sofrem oscilações de preço por conta de um conflito armado.

Na Bahia, materiais como fertilizantes e gás natural atrapalham bastante na operação de agroindústria. Ele estima que, caso a guerra acabe ainda no mês de março, o impacto sobre a inflação no país deve ser de aumento girando de 1 a 1,5%.

"Temos um problema de inflação, que é o pior que pode acontecer à população, onde existe a perda efetiva de poder aquisitivo. A inflação tem um efeito cascata, porque você não repassa no mesmo instante nem custos nem saída de instabilidade", disse Alban explicando que os efeitos não são imediatos e que um conflito armado freia uma expectativa global de retomar uma série de setores com mais intensidade a partir do arrefecimento da pandemia e avanço da vacinação em todo o globo.

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No entanto, Alban acredita que as sanções econômicas sofridas pela Rússia podem fazer com que a guerra tenha um desfecho mais veloz. Ele diz que a interdependência entre países de todo o mundo faz com que esse tipo de medida tenha um poder decisório latente.

"Existe uma efeito cascata. Essa guerra mostra algo que ninguém imaginava: qual o verdadeiro vencedor de uma guerra? São as medidas econômicas. Uma guerra física ou militar se mostra ser submetida a toda essa interdependência que o mundo tem hoje e é nisso que acreditamos que será curta", completou.

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