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Vice-presidente do Ibrades fala da relação entre o agronegócio e a agenda ESG

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Para Samantha Pineda, que também é advogada e professora, explicou como essa união seria uma “vocação do nosso país”  |   Bnews - Divulgação BNews

Publicado em 19/05/2023, às 19h25   Beatriz Araújo e Letícia Rastelly



Para aqueles que pensam que não é possível unir o agronegócio a Agenda ESG, a vice-presidente do Instituto Brasileiro de Direito e Sustentabilidade (Ibrades), Samanta Pineda desmente esse mito. Para ela, principalmente no Brasil, isso é possível conciliar.

Em entrevista exclusiva ao BNews, Samanta, que também é advogada e professora, explicou como essa união seria uma “vocação do nosso país”. “Essa discussão, trazida pelo Ibrades, colocou bem em evidência o potencial positivo que nós temos de venda de biocomodities, de geração e serviços ambientais e promoção da agenda ESG, numa cadeia produtiva com essa vocação, que é o agronegócio. Nós temos uma natureza diferenciada no Brasil”.

“O Brasil tem uma capacidade produtiva de produção de alimento de uma forma muito mais sustentável do que os outros países. Primeiro, pela sua matriz energética e, segundo, pela forma como produz. Nós temos uma uma tecnologia tropical de produção de alimentos que conta com o plantio direto, com o uso de bioinusmos, com a integração de várias culturas, sistemas integrados de lavoura-pecuária-floresta, que fazem com que o produto brasileiro seja, de fato, mais sustentável e traga para dentro do agro a parte fortíssima do “E”, do ESG”, detalhou Samanta.

Quando o assunto é o “S”, a vice-presidente consegue perceber esse aspecto, principalmente, junto aos produtores rurais. “Estamos falando de uma grande maioria de pequenos produtos, 80% atribuídos a produtores rurais. Estamos falando de uma mão de obra muito familiar, de vizinhança, de uma cultura rural que é muito inclusiva, de mulheres, de pessoas deficientes e ainda mais hoje, com essa embarcação da tecnologia dentro desse processo, ficou muito mais inclusivo”, salientou a professora.

Do ponto de vista de governança, Samantha “lança provas”. “A gente tem aí um PIB [Produto Interno Bruto] para mostrar. 9% de previsão de crescimento do PIB agro, então a gente está completamente alinhado no nosso agro brasileiro, com agenda ESG”, finalizou a vice-presidente, que participou nesta sexta-feira (19) do 1º Congresso Brasileiro de Direito e Sustentabilidade, organizado pelo próprio Ibrades, em Salvador.

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