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Suposto recrutamento de garotas de programas para camarote para no MPT

Publicado em 13/01/2015, às 07h03   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Desde a última semana, internautas compartilham nas redes sociais uma postagem que seria de um recrutamento de garotas de programas por uma agência de modelos paulista para trabalhar durante o Carnaval de Salvador, no camarote Skol.
Na página da Agência Mega Polo Models International, no Facebook, uma publicação informava haver vagas para o camarote com cachês de R$ 1.000 a R$ 8.000 por dia. Para o recrutamento, a agência informava que a beleza era importante e solicitava que fosse enviadas fotos, dentre elas algumas de “lingerie” e “nuas”. 
Por meio de nota, a Ambev afirmou que “não tem qualquer relação com os recrutamentos em questão e repudia veementemente qualquer prática que não esteja em total conformidade com a lei. A empresa tomará as medidas legais cabíveis para evitar que suas marcas sejam usadas de forma indevida”.
O caso ganhou repercussão e foi parar no Ministério Público do Trabalho na Bahia (MPT-BA), que recebeu documentos que indicam a possibilidade de recrutamento de prostitutas por uma agência de modelos paulista para trabalhar durante o carnaval de Salvador em um camarote. Um procedimento foi aberto para apurar o caso. 
O coordenador do primeiro grau do MPT na Bahia, o procurador Bernardo Guimarães, afirmou que a decisão sobre a abertura ou não de um inquérito caberá ao procurador a quem o caso for distribuído, o que deve acontecer no início da semana, mas que é preciso apurar o fato minunciosamente. 
“A primeira análise nos remete a indício de pelo menos duas questões extremamente delicadas: a prática de crime de facilitação de prostituição e a discriminação contra a mulher, já que o anúncio faz exigências completamente descabidas para um eventual contrato de trabalho, como beleza e apresentação de fotos das candidatas nuas”, disse. 
O MPT vai apurar as situações que envolvem relação de trabalho, por isso o foco do órgão é na questão da discriminação. O aspecto criminal, que envolve a facilitação da prostituição, deve ser investigado pelo MP-BA (Ministério Público do Estado da Bahia). 
A promotora Márcia Teixeira informou que o caso chegou ao conhecimento do Grupo de Defesa da Mulher do MP-BA, que ela integra, através da Superintendência Especial de Políticas para as Mulheres, da Prefeitura de Salvador, e também será alvo de investigação pelo órgão.

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