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Margareth Menezes e Mariene de Castro divergem sobre crise no carnaval

Publicado em 05/02/2015, às 06h01   Cíntia Kelly (Twitter: @cintiakelly_)


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A axé music não é a mais a mesma. Não precisa ser expert  no assunto, tampouco gostar do ritmo, para notar que o carnaval de Salvador, tão festejado pela mídia nacional, não arrasta multidão como nas décadas  de 1990 e o início dos anos 2000. O que acaba afugentando grandes parocinadores como a Petrobras.

A Bahia virou a terra de Cláudia Leitte e Ivete Sangalo, que conseguem emplacar sucesso e com isso receber polpudos dividendos.

Embora evidente, há quem divirja quanto à crise na música baiana. Presentes no carnaval 2015, as cantoras Margareth Menezes e Mariene de Castro opinaram sobre o futuro da música feita para curtir.


Margareth, que já puxou blocos de trios durante váriso dias da festa de momo, hoje fala com entusiasmo que vai trabalhar todos os dias de carnaval...fora da Bahia. Shows em Pernambuco,  Paraíba, Rio Grande do Norte e Piauí estão em sua agenda. Entretanto, ela diz desconhecer crise.  “Não concordo quando falam em crise. Isso não existe. Os grandes representantes (da axé music) estão nos grandes programas de tevê no Brasil”.

Para Margareth, que vai abrir o carnaval do Pelourinho na sexta-feira e puxar o AfroPop na Barra, no domingo, a diminuição da participação de grandes nomes no carnaval é natural. “Não pode achar que a diminuição de espaço significa que esta em crise. As pessoas não vão estar o tempo todo protagonizando o mercado”.


Na contra mão de Margareth, Mariene de Castro acredita que a música baiana e o carnaval passam por uma reforma. “A mudança e o caos são necessários. As perdas têm que acontecer para a gente acordar. O momento é de chamar a atenção para as coisas que são boas para umas pessoas e ruins para outras. O carnaval precisa ser mais democrático para o povo porque está evidente essa desigualdade social”, assinala ao Bocão News.

Mariene de Castro e Margareth Menezes participaram de coletiva de imprensa sobre o carnaval da Cultura, na manha desta quarta-feira (4).

Publicada no dia 4 de janeiro de 2015, às 13h14

Classificação Indicativa: Livre

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