Ambulantes relatam maratona de pré-carnaval até a quarta de cinzas

O pré-Carnaval começa, neste sábado (15), com o Fuzuê, mas os ambulantes que trabalham na festa chegaram ao Circuito Orlando Tapajós com antecedência. São muitos isopores amarelos espalhados pela orla da capital baiana com as mais diversas pessoas por detrás. Jurilha Costa de Jesus, 56 anos, é uma delas, que, acompanhada do marido e do filho, chegou bem cedo, nesta sexta (14), para garantir um espaço nas vendas.

Há dois anos trabalhando nesta função no Carnaval, ela contou ao BNews que a intenção é ficar até a quarta-feira de cinzas. “É cansativo, não dá para lucrar muito, mas o que eu ganho já ajuda. Eu pego na mão de Deus e ganho força para continuar lutando”, disse.

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Já Maria José Nascimento, 43 anos, que há 5 anos trabalha como ambulante no pré-carnaval, apesar de trazer a família para ajudar nas vendas e de reconhecer que o lucro ajuda, destacou que, por vezes, a situação é “humilhante”. “Eu tenho que pagar para tomar banho. Mais cedo, eu e minha menina tomamos nosso banho e ocupamos o lugar das vendas. Deixei meu filho mais novo em casa”, contou.

Ainda segundo ela, em razão de não ter conseguido licença para atuar no circuito Barra-Ondina nos dias de Carnaval, obteve autorização para vender os produtos na Avenida Sete. “Domingo eu desmonto tudo aqui, vou em casa fazer comida, e seguimos todos para o Centro quando a folia começar”.

O Fuzuê marca a abertura oficial do pré-Carnaval de Salvador, com 35 bandas no desfile. Já no domingo (16) acontece o Furdunço, que, como bem descreveu o presidente da Saltur, Isaac Edington, “tem uma pegada mais diferente, com trios elétricos e um público que já é mais a cara do que vem pela frente”.  Ainda de acordo com Isaac, na terça (18), como o próprio nome já diz, começa o “Pipoco”, com a saída de Léo Santana, já marcando o clima dos blocos e da folia soteropolitana.