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Palco do Rock atrai turistas e mostra força do ritmo em pleno Carnaval de Salvador

Fotos: Inácio Teixeira/Secom
Estrutura montada em Piatã é alternativa para aqueles que buscam ficar longe dos abadás coloridos, da axé music e do pagodão  |   Bnews - Divulgação Fotos: Inácio Teixeira/Secom

Publicado em 23/02/2020, às 21h34   Redação BNews


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Fora do circuito tradicional da folia, distante dos ijexás, axés e pagode, o Palco do Rock, em Piatã, celebra mais um ano com a presença de turistas e fãs do gênero. No lugar dos abadás coloridos, predominam roupas pretas, solos de guitarras e muita atitude rock 'n roll.

A festa acontece no local até terça-feira (25) e já se consolidou como um dos principais eventos do gênero no país. Neste ano, o espaço presta homenagem a André Matos, morto no ano passado. O cantor, compositor, maestro, produtor e pianista brasileiro, ficou famoso ao comandar os vocais das abndas Angra, Viper e Shaman.

De acordo com Sandra de Cássia, organizadora do evento, o público é composto não só por baianos, mas por pessoas de diversos estados. “Com 26 anos de existência, o Palco do Rock já é um espaço definido e importante para o segmento. Ontem (22), durante a abertura, recebemos pessoas de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte”, revelou.  

Mas ainda tem aqueles que, ainda que morem perto do palco, montam, literalmente, acampamento no local onde acontece o evento. Esse é o caso do técnico hidráulico Roque Ramos, 46 anos, e sua esposa, Sandra Guimarães, 43. 

Assim como Roque, na noite de hoje dezenas de pessoas ocupavam cerca de 50  barracas armadas na área verde do coqueiral de Piatã, que fica a menos de 100 metros do palco. Morador de Fazenda Grande 2 e frequentador assíduo da festa desde seu surgimento, na década de 1990, ele revelou que prefere acampar do que ir e voltar todos os dias. "Estar aqui é bom para tirar o estresse, sair da rotina. O rock é como uma tribo e no Carnaval esse é nosso acampamento", afirmou. 

Mas não são só de veteranos que curtem o Palco do Rock.  A estudante Caroline Oliveira, 17, curtiu os shows sozinha pela primeira vez neste domingo, distante dos circuitos tradicionais. Desde os 13 anos, a jovem frequenta o local com o pai e irmão. "Toda a minha família tem essa cultura do rock. Por isso, aqui eu me sinto em casa, e o Carnaval tem que ter essa diversidade, tem que reunir todas as culturas", disse.  

Em tempos de empoderamento feminino, as mulheres baianas também estão mais presentes no rock. A constatação é de Sandra Cássia, destacando o projeto Fairy Ladies, composto por 13 mulheres de diferentes bandas. O grupo abriu o Palco do Rock ontem, tocando heavy metal em tributo a André Matos.

“Elas nunca haviam tocando heavy metal, ensaiaram só por três meses e tocaram brilhantemente todos os instrumentos. O público gostou muito. A ideia é fomentar que as mulheres também podem fazer rock and roll  para que tenhamos mais mulheres levando o ritmo da Bahia para o Brasil”, avaliou Sandra.

Nesta segunda (24), será a vez de Maw, Radioquatro, Lúpulla, Ode Insone, Maldita, Hexen Sabbat, The Cross Act of Revenge, Marcelo Marceline e Carburados Rock Motor tocarem no espaço dedicado ao gênero musical nascido nos Estados Unidos.

Classificação Indicativa: Livre

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