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Presidentes da ABRE-BA e ABC, Marcelo Britto e Clínio Bastos estão entusiasmados com o Carnaval 2019

Imagem Presidentes da ABRE-BA e ABC, Marcelo Britto e Clínio Bastos estão entusiasmados com o Carnaval 2019
Às vésperas do Carnaval, o presidente da Associação Brasileira de Entretenimento - Bahia (ABRE-BA), Marcelo Britto, e da Associação Baiana de Camarotes (ABC), Clínio Bastos, concederam entrevista ao BNews e afirmaram que o Carnaval deste ano tem tudo para ser o melhor dos últimos anos. Os empresários afirmaram que há um “reflexo positivo de mudança” para a folia deste ano. Confira  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 23/02/2019, às 14h07   Rafael Albuquerque


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Às vésperas do Carnaval, o presidente da Associação Brasileira de Entretenimento - Bahia (ABRE-BA), Marcelo Britto, e da Associação Baiana de Camarotes (ABC), Clínio Bastos, concederam entrevista ao BNews e afirmaram que o Carnaval deste ano tem tudo para ser o melhor dos últimos anos. Os empresários afirmaram que há um “reflexo positivo de mudança” para a folia deste ano. Confira a entrevista na íntegra!

Às vésperas do Carnaval, o presidente da Associação Brasileira de Entretenimento - Bahia (ABRE-BA), Marcelo Britto, e da Associação Baiana de Camarotes (ABC), Clínio Bastos, concederam entrevista ao BNews e afirmaram que o Carnaval deste ano tem tudo para ser o melhor dos últimos anos. Os empresários afirmaram que há um “reflexo positivo de mudança” para a folia deste ano. Confira a entrevista na íntegra abaixo:

Entrevista Marcelo Britto - presidente da Associação Brasileira de Entretenimento - Bahia (ABRE-BA)

BNews: o entretenimento baiano tem seu ápice no Carnaval de Salvador. Como você avalia os preparativos para a folia deste ano?
Marcelo Britto:
os preparativos começam quando termina o Carnaval do ano anterior. Fazemos um estudo de preparação e iniciamos o processo para o próximo ano. É claro que nesse processo final do último mês exige mais dedicação sobre a questão da montagem dos camarotes e de toda a estrutura para os blocos e o Carnaval de rua. Está tudo dentro dos prazos em relação aos órgãos da prefeitura e do governo, está tudo fluindo bem e com certeza sabemos que será um dos melhores carnavais que já existiram na Capital baiana. 

BNews: o mercado passou por uma crise. Em geral quando o orçamento aperta, as pessoas cortam cultura e entretenimento do gasto mensal. O mercado ainda sente os reflexos da crise?
MB:
Claro, quando se fala em crise falamos em todos os segmentos, seja de serviço, turismo, indústria, todos nós sofremos com a crise do País. E não fica de fora a parte de cultura e entretenimento. Quando existe uma crise o primeiro corte é esse, e o Carnaval passou por isso nos últimos anos. Agora estamos sentindo um reflexo muito positivo de mudança dessa crise, onde todos os blocos e camarotes estão com vendas aquecidas, muito mais do que no ano passado, e esperamos que essa crise termine e a gente consiga reverter todo o quadro nacional. 

BNews: atualmente, quais produtos ou segmentos mais fomentam o entretenimento na Bahia?
MB:
durante o Canraval, os camarotes e blocos são muito aquecidos pelos turistas, que vêm à procura desses produtos. Então, há uma lotação em hotéis, pousadas, em casas de aluguel. Conseguimos ter um êxito forte esse ano para lotar e esgotar alguns desses serviços. No segmento musical, o axé é o predominante na capital baiana, onde temos artistas nacionais como Ivete, Claudia Leitte, Bell, Léo Santana, Márcio Victor, Harmonia, Eva, Cheiro de Amor e vários outros artistas, que trazem uma representatividade. Vamos fazer com que essa música cada vez mais se fortaleça com o Carnaval aquecido. Isso é bom para o estado e para a música baiana. 

BNews: de que forma a Bahia figura quando o assunto é entretenimento no Brasil? 
MB:
a Bahia é o maior celeiro musical do Brasil, então conseguimos mostrar nossa cultura musical e esse desejo de todo brasileiro em conhecer o Carnaval da Bahia através dos nossos grandes cantores. Isso faz com que cada dia se fortaleça terminando no grande evento que é o Carnaval de salvador. Então, existe um brilho, uma energia, uma sintonia muito forte entre nossa música e o Carnaval com os brasileiros. Nós conseguimos liderar esse desejo muito forte pelo fato de termos uma cultura musical forte no nosso país. 

BNews: qual a real contribuição do Carnaval para o entretenimento no Brasil?
MB:
o Carnaval é o maior pico de entretenimento no Brasil, e o de Salvador, por ser o maior carnaval do mundo, tem uma grandeza muito forte na área financeira, onde atraímos muitos investimentos, além de dar muito retorno. As pessoas vêm para Salvador e gastam com hotéis, serviços, camarotes. Todo mundo ganha: taxistas, ambulantes, taxas no aeroporto, impostos. Existe uma contribuição financeira muito forte. A capital é beneficiada por possuir o maior Carnaval do mundo e trazer milhares de pessoas pra curtir essa folia.

Entrevista: Clínio Bastos - presidente da Associação Baiana de Camarotes (ABC).

BNews: os camarotes representam uma fatia importante do Carnaval de Salvador. Hoje qual a quantidade e segmentação de público que curte em camarotes? 
Clínio Bastos:
os camarotes são um dos pontos importantes do Carnaval, mas obviamente existe uma importância generalizada dos três públicos que são fundamentais para o Carnaval: o folião pipoca, que é brindado não só pelos trios independentes, mas pelo outro folião dos blocos; tem esse folião que sai em blocos, que se apresentam pra todo o público da rua, além de ser um grande atrativo para os turistas; e tem o terceiro elemento importante, que seguramente são os camarotes, que como sempre teve todo tipo de público, que gosta de assistir ou que gosta de participar do carnaval, ou então assistir e participar ao mesmo tempo. Nossas pesquisas mostram que o público dos camarotes também sai um ou outro dia em blocos. 

BNews: já foi resolvida a polêmica sobre Camarote ter sido responsável pelo enfraquecimento dos blocos? São públicos, de fato, diferentes?
CB:
eu acho que não tem essa polêmica. Existe, como eu disse, público para todos os produtos. Claro, pra todos os produtos que apresentem ao seu cliente um serviço de qualidade e de conforto. Seguramente, os camarotes evoluíram muito nesse sentido. Se a gente observar, muitos blocos continuam tendo sucesso. Eu gosto sempre de frisar que o principal elemento de nosso carnaval é de rua. Não existiriam os camarotes se não existisse o Carnaval de rua. Se começou esse processo para assistir as atrações da rua. Com os anos vieram serviço e a necessidade de conteúdo interno para atender ao público, mas dá pra conviver, sim, todos os três produtos. O público que frequenta os principais camarotes, uns sete grandes camarotes, são umas 30 mil pessoas por dia. E não são essas 30 mil pessoas que desequilibraria o Carnaval Salvador, principalmente pela dimensão que a festa tem.

BNews: com essas mudanças vistas no Carnaval de Salvador nos últimos anos, qual o papel do Camarote?
CB:
olha, a essência do Carnaval não muda, na minha opinião. A força do carnaval está justamente nessa essência, que é a grande manifestação de rua que a cidade de Salvador tem de cumplicidade com essa festa, que acredito que seja única no Brasil. O povo baiano gosta de festa de rua, gosta de estar na rua. Claro que a festa, como toda e qualquer atividade, passa pela necessidade de se modernizar, de se ajustar, isso é normal. Acredito que a gente tem passado uma mudança sutil que é a volta do lúdico. Voltamos a ter grupos de pessoas fantasiadas, grupos indo pra rua se divertir. Isso é muito bom e faz a gente se remeter aos primórdios, de quando se formaram os primeiros blocos. A prefeitura fez o ordenamento dessas manifestações que se transformaram o Furdunço e Fuzuê. Acho que isso se consolidou e é importante. Acho que as mudanças futuras possa ser cada vez mais de qualificar nossa festa, e não de quantificar ela. Talvez o tamanho da festa possa ser reavaliado ou reanalisado, assim como o horário, etc. Isso tudo dentro de um contexto de avaliar as necessidades de ajuste de uma festa dessa dimensão. 

BNews: hoje você é a favor de descentralizar os Camarotes e levar pra outros espaços, a exemplo da Arena Fonte Nova?
CB:
não sou a favor nem contra, acho que toda iniciativa privada é válida. Na minha avaliação o grande diferencial da gente, mesmo eu sendo proprietário de camarote, é a rua. Meu camarote surgiu pra assistir a rua, esse foi o princípio. Eu fico entendendo que essa á principal função. Quanto a você ter iniciativas privadas fora do circuito, não há novidade nisso, já houve outras e tá voltando a ter. E de repente podem se consolidar, e quem vai definir isso é o público que vai optar por estar na rua, num camarote no circuito ou em uma festa fora do circuito que apresente a ele algo diferenciado e que ele possa querer estar nessa festa. Continuo achando que a cumplicidade entre camarote e circuito é um diferencial. 

BNews: quais as perspectivas para o mercado de Camarotes esse ano?
CB:
eu acho que a perspectiva é boa, tá sinalizando uma pequena melhora em relação ao ano passado, mas isso oscila de um camarote pra outro. A gente acredita que possa ter um crescimento de 10% a 15%. Como tivemos um verão bom, com muitas festas e ensaios de sucesso, a gente acredita que o Carnaval terá um desempenho acima do ano passado.

Classificação Indicativa: Livre

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