O imbróglio que envolveu a estreia do bloco Largadinho na folia teve um final feliz para a cantora Claudia Leitte. Após decisão judicial e resolução do Conselho Municipal do Carnaval (Comcar), o desfile da agremiação está mantido para as 19h50 de domingo na Barra.
Entretanto, o caso trouxe à tona um assunto polêmico: a venda de espaço público na folia pelos blocos. Segundo informações publicadas pelo A Tarde, nesta quinta-feira (07), a denúncia de que o Broder teria cedido a vaga por dinheiro à Ciel, produtora de Claudia Leitte vai dar desdobramentos para além do Carnaval.
Segundo a coluna Chame Gente, que conversou com alguns diretores de blocos, dão conta de que uma vaga na fila, nos horários nobres (compreendido entre 15h e 19h, na Barra, e 13 e 19h, no Campo Grande), custa, no mínimo, R$ 500 mil. O alto investimento seria para garantir mais visibilidade na transmissão ao vivo das TVs.
À coluna, o secretário de Desenvolvimento, Cultura e Turismo de Salvador, Guilherme Bellintani, afirmou que a prefeitura tem ciência de que a prática irregular ocorre. Ele promete acabar com a fraude, que privilegia quem pode pagar pelo espaço nos horários nobres, dizendo que vai criar novos critérios para o desfile.
O Ministério Público Estadual também entrou no circuito. Segundo a publicação, a promotora Rita Tourinho, diz que vai solicitar ao Comcar a lista dos blocos que realizaram junção este ano: "Não é admissível que blocos continuem a comercializar o espaço público", ressalta afirmando que, se a prática for confirmada, o bloco terá que perder o espaço na fila.
Informações do site A Tarde