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Carnaval de Salvador está mais vazio neste ano

Imagem Carnaval de Salvador está mais vazio neste ano
Violência e atendimentos médicos também caíram, mesmo nos dias mais cheios  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 03/03/2014, às 11h25   Priscila Chammas


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O sentimento geral de que este Carnaval está mais vazio que os de anos anteriores foi confirmado pela Prefeitura de Salvador durante um balanço apresentado nesta manhã (3). "A gente não faz contagem de foliões, mas de quarta a sexta-feira tivemos uma utilização do transporte público 7% menor que no ano passado. Isso leva a crer que nesses dias, o número de foliões foi realmente menor. Mas, a partir de sábado, esse percentual já se igualou com 2013", explicou o secretário de Desenvolvimento, Cultura e Turismo, Guilherme Bellintani.



Ele e a secretária da Ordem Pública, Rosemma Maluf, acreditam que a redução de público nos primeiros dias do Carnaval se deu pela data que a festa começou. "Sexta e sábado foi dia de pagamento, antes disso estava todo mundo sem dinheiro", lembrou Bellintani.

O secretário municipal da Saúde, José Antônio Alves, acrescentou que o número de atendimentos médicos, sobretudo os motivados por agressões físicas, diminuiu em relação ao ano passado, mesmo nos dias em que o fluxo de pessoas estava maior. "No ano passado, neste mesmo período, foram 4.138 atendimentos. Até agora estamos em 3.312. A diminuição das agressões físicas foi o que puxou o número para baixo. Esse ano, esse tipo de atendimento está 28% menor", disse o secretário. 

Ele também divulgou que 407 pessoas já foram a um dos três postos do "Fique Sabendo", para fazer testes de HIV, sífilis e hepatite. "31 delas tiveram o resultado positivo para uma destas doenças".

Até a manhã desta segunda (3), a prefeitura apreendeu 1.247 espetinhos, 32 facas, seis barras de ferro e 11 litros de bebidas artesanais, "Elas são perigosas, porque não sabemos o que tem na mistura", explicou Rosemma.

Também presente na coletiva, a superintendente de Políticas Públicas para Mulheres, Mônica Kalile, disse ter registrado 110 casos de agressões a mulheres, além de irregularidades como cordeiras grávidas, usando sandálias, ou recebendo remuneração menor que a dos homens. Ela também reclamou da atitude de alguns integrantes das Muquiranas, que passavam atirando milho nos observadores (pessoas que ficam no circuito para identificar atitudes preconceituosas ou de violência).

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