BNews Folia

BNews Folia: "A gente não pode ter nenhum evento de racismo nessa Cidade", diz titular da Semur

Joilson César / BNews
A Semur criou um observatório para combater o racismo, a LGBTfobia, violência contra a mulher e todas outras discriminações durante a festa momesca  |   Bnews - Divulgação Joilson César / BNews

Publicado em 31/01/2024, às 11h57   Daniel Serrano e Bruno Guena


FacebookTwitterWhatsApp

O Carnaval de Salvador vai do axé ao sertanejo, blocos afros e religiosos, é a festa autêntica de todos os povos, onde cada um pode manifestar sua arte e cultura. Pensando nisso, a Secretária Municipal de Reparação (Semur) criou um observatório para combater o racismo, a LGBTfobia, violência contra a mulher e todas outras discriminações durante a festa momesca.

Durante a apresentação dos serviços municipais para o Carnaval de Salvador, a titular da Semur, Ivete Sacramento, falou sobre o observatório e a importância do combate ao preconceito.

"A gente não pode ter um carnaval tão bem estruturado, tão bem planejado, que deixar que um dia um elemento acabe com um ato de racismo. Então, o nosso observatório que é replicado hoje em várias cidades do Brasil, ele é o resultado, todo esse carnaval, todos esses resultados na área social, na área de política das mulheres, da SEMOP, tudo o que nós fazemos hoje é resultado desse observatório. E esse observatório que combate o racismo, a LGBTfobia, violência contra a mulher e todas as outras discriminações, ele visa ter, diferentemente dos outros, o resultado zero. Esse ano especialmente que Salvador faz o carnaval, Salvador, capital afro", disse a secretária da Semur.

Ivete destacou o trabalho feito pela pasta e a preparação das equipes para que nenhum ato preconceituoso seja cometido por servidores municipais.

"A gente não pode ter nenhum evento de racismo nessa cidade. Por isso, a gente está fazendo um trabalho preventivo, informativo, de como os prepósitos da prefeitura poderiam cometer atos de racismo, LGBTfobia e violência contra a mulher. Então, a gente faz esse trabalho preventivo, preparando nossas equipes para que as nossas equipes não cometam nenhum desses atos. Depois, temos um observatório com 150 pessoas espalhadas nos ambientes do carnaval, registrando alguns eventos de racismo estrutural e LGBTfobia", afirmou Sacramento.

Por fim, Ivete citou o trabalho especial feito com os blocos afros e a isenção das taxas.

"Nesse trabalho preventivo da prefeitura, nós já fazemos um trabalho com os blocos afros, então temos blocos afros de três, três tipos, maiores, menores e médios, e nós observamos com observatório especial das entidades negras da cidade, Salvador, alguns aspectos que podem melhorar a performance desses blocos nos anos seguintes, um desses trabalhos é o aporte que o prefeito faz aos blocos afros desse ano, a isenção das taxas que impediram que esses blocos afros se desenvolvessem, que é um avanço imprescindível, isenção de todas as taxas e remissão das dívidas, tudo isso fruto desse observatório", finalizou a titular da Semur.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp