Bruno Monteiro fala sobre o futuro do "Ouro Negro" durante saída do Ilê Aiyê; veja

Bruno Monteiro, secretário de Cultura da Bahia, foi uma das autoridades que esteve presente na saída do Ilê Aiyê, neste sábado de Carnaval (18). Na ocasião, ele conversou com a imprensa e detalhou a estratégia do Governo da Bahia para dar suporte as entidades afros.

"O Ouro Negro desse ano chega ao seu 14º Carnaval com investimento recorde. A gente entende a importância dessa política para valorização dessas expressões. Muitas dessas agremiações têm no Ouro Negro a sua única fonte de financiamento, então a gente sabe da importância disso. Foram R$ 7,6 milhões investidos em 63 agremiações; o dobro do investido no último Carnaval", disse o secretário.

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Para o futuro, Monteiro também tem traçado uma estratatégia: "A gente entende que essas agremiações, essas manifestações, elas não fazem só Carnaval, elas fazem cultura e cultura é o ano todo, então nós estamos comprometidos. Já falamos com o governador, eu e secretaria Ângela [Guimarães] da Sepromi, de após o Carnaval estudarmos uma forma de ampliação do Ouro Negro, para o financiamento e apoio as entidades o ano todo".

Para transformar isso em realidade, o secretário enxerga algumas possibilidades: "seja com recursos próprios do Estado, como é feito, seja por meio de patrocínio, apoio em editais, estatais, de banco... Enfim, uma política permanente de valorização dessas organizações, porque a gente entende que além de cultura elas também têm um caráter pedagógico não institucionalizado, de discussão sobre questão do racismo e valorização da nossa cultura ancestral", conluiu Monteiro.

Quando o assunto é "Afroturismo", o secretário também já possuí planos e diz ter conversado com o presidente da Embratur, Marcelo freixo, na última semana. "Ele [Freixo] tem uma agenda com a Embratur relacionado a isso, combinamos de nos reunirmos com ele, passando o Carnaval, para tratar de uma agenda nesse sentido. E ele já tem identificado pela Embratur, alguns países no mundo que têm a questão do turismo afro muito forte, para gente ir lá, divulgar, divulgar sobretudo Bahia, divulgar o brasil, obviamente, mas com certeza é uma política importante e que também nos favorece em uma política de intercâmbio cultural", finalizou o gestor da pasta cultural do Estado.